Economia

Desembolsos do BNDES até agosto caem 5% em relação a 2013

Objetivo é promover uma moderação nas liberações do banco em relação aos cerca de 190 bilhões de reais desembolsados em 2013


	Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "estamos mantendo um desempenho moderado, ligeiramente abaixo do ano passado, conforme o previsto"
 (Antonio Cruz/ABr)

Presidente do BNDES, Luciano Coutinho: "estamos mantendo um desempenho moderado, ligeiramente abaixo do ano passado, conforme o previsto" (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 13h17.

Rio de Janeiro - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre janeiro e agosto caíram 5 por cento sobre o mesmo período do ano passado, disse nesta segunda-feira, o presidente da instituição de fomento, Luciano Coutinho.

A meta do BNDES para 2014 ainda não foi divulgada, mas o objetivo é promover uma moderação nas liberações do banco em relação aos cerca de 190 bilhões de reais desembolsados em 2013.

Segundo Coutinho, no terceiro trimestre já houve uma aceleração na demanda por recursos do banco em relação ao segundo trimestre, medida pelo aumento das consultas de empresários por financiamento. Ele não deu detalhes.

"A demanda por recursos do BNDES se recuperou um pouco. Estamos mantendo um desempenho moderado, ligeiramente abaixo do ano passado, conforme o previsto", disse Coutinho a jornalistas durante evento de infraestrutura. "No terceiro trimestre, as consultas recuperaram um pouco da queda em relação ao segundo trimestre e ao primeiro semestre", disse ele.

Sobre as fortes variações nos mercados financeiros do país nesta segunda-feira, o presidente do BNDES citou proximidade das eleições no próximo final de semana.

Às 13h07, o Ibovespa tinha queda de mais de 3 por cento, enquanto o dólar disparou a níveis de 2008, em movimentos atribuídos ao avanço da presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida pela reeleição, apontado na última pesquisa Datafolha.

"Acho que estamos vivendo momentos naturais de oscilação em um período eleitoral", disse Coutinho. "A volatilidade do mercado é mais alta e, em alguns casos, até existem operadores profissionais provocando volatilidade para ganhar mais (...) Eu acho que tem um pedaço da volatilidade do mercado que é exacerbada por operadores", acrescentou.

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