Economia

Deságio médio fica em 40,46% no leilão de 11 lotes de transmissão

O número ficou acima do esperado pelo mercado, que imaginava um desconto médio menor que os 36,5% observados no leilão anterior

Transmissão: na prática, os 11 empreendimentos concedidos exigirão uma receita R$ 621 milhões menor, por ano (Arquivo/Agência Brasil)

Transmissão: na prática, os 11 empreendimentos concedidos exigirão uma receita R$ 621 milhões menor, por ano (Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de dezembro de 2017 às 18h12.

São Paulo - O leilão de empreendimentos de transmissão realizado nesta sexta-feira, 15, foi resultou em um deságio médio de 40,46% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) máxima determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que somava R$ 1,534 bilhão.

O número ficou acima do esperado pelo mercado, que imaginava um desconto médio menor que os 36,5% observados no leilão anterior, realizado em abril deste ano.

Na prática, os 11 empreendimentos concedidos exigirão uma receita R$ 621 milhões menor, por ano, do que o inicialmente estimado, reduzindo a pressão de alta das tarifas de energia.

Os deságios mais elevados foram observados no lote 5, conquistado pela Cesbe Participações, que ofertou um desconto de 53,9% para construir e operar uma subestação no Rio Grande do Norte, e no lote 2 (com instalações localizadas entre o Ceará e o Piauí), que foi vencido pela Celeo Redes Brasil (empresa de origem espanhola anteriormente chamada Elecnor), que propôs receber 53,2% menos que a RAP Máxima definida pela Aneel para o projeto. O menor deságio foi de 34,7%, ofertado pela Construtora Quebec para construir um empreendimento em Minas Gerais.

O leilão foi marcado por forte competição em todos os lotes, com apenas dois dos 11 não tendo ido para disputa viva-voz.

Entre os vencedores estão empresas menos conhecidas, como construtoras que normalmente prestam serviço para grandes grupos do setor elétrico, como a Cesbe, mas também players tradicionais do setor, como Neoenergia, que conquistou dois lotes, e a Engie, que, ao vencer o lote 1, fez sua estreia no segmento de transmissão, comprometendo-se com um investimento de mais de R$ 2 bilhões. No total, os 11 lotes exigirão investimentos de R$ 8,747 bilhões.

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