Economia

Depois de Dilma, Humala visitará Lula em São Paulo

Humala se esforçou em mostrar a imagem de político de esquerda moderado mais em sintonia com o Brasil e distante da Venezuela, de Hugo Chávez

Presidente Dilma Rousseff recebe o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff recebe o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, no Palácio do Planalto (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 16h24.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff recebeu na manhã de hoje, no Palácio do Planalto, o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala. Em sua primeira viagem internacional após a vitória nas urnas, Humala se esforçou em mostrar a imagem de político de esquerda moderado mais em sintonia com o Brasil e distante da Venezuela, de Hugo Chávez. Dilma confirmou que estará na posse de Humala, em Lima, marcada para 28 de julho.

Logo após encontro com Dilma, Humala informou que visitará o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, amanhã, em São Paulo, e depois viajará para Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile. Só depois, numa segunda etapa, visitará Equador, Venezuela e Bolívia, países de governos de esquerda mais radicais. "O Brasil é um parceiro estratégico, de muita importância no cenário mundial. Essa é a mensagem da nossa primeira viagem internacional", disse Humala.

Em busca de apoio dos mercados interno e externo, ele reafirmou que cumprirá todos os acordos e dará prioridade ao desenvolvimento econômico com inclusão social. No encontro com Dilma, Humala ouviu uma explanação da presidente sobre o Plano Estratégico de Fronteira, lançado ontem no Planalto, para reformular a segurança na região e combater o crime organizado. Na entrevista, Humala ressaltou a importância de parceria entre os dois países, que enfrentam problemas semelhantes, citando a desigualdade social, o narcotráfico e a falta de segurança.

O assessor de Assuntos Internacionais do Planalto, Marco Aurélio Garcia, disse que, independentemente de conotações ideológicas, o Brasil tem interesse em manter a aproximação com os demais países do continente. "A nossa presença no mundo não pode se dar sem a companhia dos outros países da América do Sul", disse. "O Brasil não está preocupado em ter influência na região, mas em desenvolver um projeto de integração", acrescentou.

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