Economia

Demissões no setor aéreo se aceleram com avanço da pandemia

Pandemia fez as companhias aéreas perderem US$ 157 bilhões em 2020 e 2021; prejuízo é cinco vezes maior do que as perdas da crise de 2008-2009

Aviões no aeroporto internacional de Guarulhos, próximo à São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

Aviões no aeroporto internacional de Guarulhos, próximo à São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 11h31.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 15h11.

As demissões no setor de aviação aumentaram cerca de 30% nos últimos três meses em meio ao novo avanço do coronavírus, que minou as esperanças de uma recuperação no final do verão devido às novas restrições de viagens.

Cerca de 620 mil empregos foram eliminados desde o início da pandemia de Covid-19, de acordo com análise da consultoria Five Aero, em comparação com 450 mil no início de setembro. O número supera a estimativa anterior de meio milhão de empregos eliminados até o fim do ano.

O coronavírus teve impacto devastador sobre companhias aéreas e de aviação globais. Estimativas apontam para perdas combinadas de US$ 157 bilhões em 2020 e 2021 entre companhias aéreas, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês). O prejuízo é quase 60% maior do que o estimado em junho e cinco vezes maior do que as perdas acumuladas durante a recessão de 2008-2009.

As companhias aéreas esperam que os testes de passageiros, combinados com a implementação da vacinação contra a Covid-19, levem os governos a aliviarem as restrições de viagens que, segundo as empresas, são responsáveis por destruir a demanda.

O Reino Unido se tornou o primeiro país ocidental a aprovar uma vacina com a liberação de uma injeção desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, antes dos EUA e da União Europeia.

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