Economia

Demanda por frete rodoviário cai 25% na primeira semana de abril

Estudo encaminhado à EXAME com exclusividade mostra que os setores mais atingidos são de produtos manufaturados e construção civil

Caminhões: diminuição do transporte rodoviário deve se acentuar nas próximas semanas, segundo a FreteBras (Michael H/Getty Images)

Caminhões: diminuição do transporte rodoviário deve se acentuar nas próximas semanas, segundo a FreteBras (Michael H/Getty Images)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 6 de abril de 2020 às 17h59.

Última atualização em 6 de abril de 2020 às 19h14.

Na primeira semana deste mês, a queda na demanda por frete chegou a 25%, em comparação com a primeira semana de março. O transporte rodoviário de produtos manufaturados, como eletrodomésticos, caiu 38%. O setor de construção civil vem logo atrás, com uma redução de 34% nos pedidos de frete. O agronegócio aparece entre os segmentos menos afetados, com apenas 1,4% de redução no transporte.

Os dados são da FreteBras, plataforma online de transporte de carga, que reúne 370.000 caminhoneiros em todo o país, e foram obtidos com exclusividade pela EXAME.

A diminuição do transporte rodoviário deve se acentuar nas próximas semanas, segundo a FreteBras. “As pessoas se conscientizaram que não podem sair de casa, e com isso a tendência é que a procura por várias categorias de produtos caia ainda mais, impactando o transporte de carga”, diz Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras.

A expectativa é que a demanda tenha uma redução de pelo menos 30% ao longo deste mês. Os setores mais impactados devem ser o de bens duráveis, com a paralisação de 60 fábricas de veículos no país. Em março, o volume produzido de automóveis, caminhões, ônibus e veículos comerciais leves caiu 21,1% na comparação anual, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea).

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