Economia

Demanda por crédito deve melhorar em 2014, diz Bradesco

Só linha direcionada a pequenas, médias e microempresas, com R$ 25 bilhões, teve incremento entre 12% e 14% nas consultas

Economia: no segundo semestre, "tem Dia dos Pais, Dia das Crianças, o Natal, que é um evento forte. As empresas precisam preparar estoque e tendem a tomar mais recursos", explicou diretor executivo (Getty Images)

Economia: no segundo semestre, "tem Dia dos Pais, Dia das Crianças, o Natal, que é um evento forte. As empresas precisam preparar estoque e tendem a tomar mais recursos", explicou diretor executivo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2014 às 14h04.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2018 às 15h41.

Rio - A demanda por crédito deve melhorar no segundo semestre, afirmou nesta segunda-feira, 04, o diretor executivo do Bradesco, Octávio de Lazari Junior. Após um ritmo fraco nos seis primeiros meses do ano devido ao número de feriados e à Copa do Mundo, o executivo espera melhora no cenário.

No ano, a carteira do banco deve ter expansão entre 12% e 14%, previu. "Temos de reconhecer que o primeiro semestre deu uma parada", disse Lazari Junior, durante inauguração de uma agência na Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, a 14ª da instituição em comunidades.

Ele ainda elogiou a medida do Banco Central de diminuir o montante requerido em depósitos compulsórios, de modo a melhorar a liquidez de recursos no mercado, e assegurou que há demanda para esse crédito.

Segundo o executivo, a prova de que a segunda metade do ano deve ser melhor é o aquecimento das consultas por crédito entre o fim de julho e o início de agosto.

Só a linha direcionada a pequenas, médias e microempresas, com R$ 25 bilhões pré-aprovados, teve incremento entre 12% e 14% nas consultas no período em comparação ao ano passado.

O crédito para pessoa física também deve ter melhor performance. Já para grandes empresas, o número de consultas permanece estável.

"Por mais que a economia tenha se ressentido no primeiro semestre, no segundo (semestre) isso anda. Tem Dia dos Pais, Dia das Crianças, o Natal, que é um evento forte. As empresas precisam preparar estoque e tendem a tomar mais recursos", explicou Lazari Junior.

Apesar disso, o executivo notou que o crescimento deve ser menor do que nos últimos anos.

"Não dá mais para crescer 20% ou 30%. Tivemos um momento de migração de pessoas muito grande, 40 milhões de pessoas ascenderam à classe C. Isso já se cumpriu. Agora, temos de ter um crescimento sustentável", explicou.

O Bradesco inaugurou nesta manhã a primeira agência bancária na Vila Kennedy, que recebeu a 38ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em maio deste ano.

Nenhuma outra instituição financeira tem posto de atendimento na localidade, cujos moradores se deslocavam pelo menos cinco quilômetros para chegar a um banco.

Segundo Lazari Junior, a estratégia é atender os atuais correntistas do Bradesco e expandir a base de clientes na região. Os cerca de 500 empresários e comerciantes da comunidade também terão acesso a linhas de crédito, que serão adaptadas à realidade local em termos de prazo para pagamento e juros (entre 2% e 3% ao mês), e receberão palestras de educação financeira.

Com 130 mil habitantes e 12 mil famílias, a Vila Kennedy recebeu a 14ª agência do Bradesco em comunidades. Doze delas estão no Rio de Janeiro, e outras duas em São Paulo. "A ideia é continuar expandindo. São populações muito banalizadas", disse Lazari Junior.

Antes do horário de funcionamento, uma fila de moradores já se formava em frente à agência. Além do executivo, a cerimônia de inauguração contou com a presença do diretor regional do Bradesco no Rio, Mauricio Gomes Maciel, e o secretário de Estado Chefe da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBancosBradescoCréditoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEstoquesMercado financeiroOctavio de Lazari JuniorPequenas empresas

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs