Economia

Demanda insuficiente afeta confiança de serviços, diz FGV

Em novembro, a confiança do setor de serviços prestados às famílias caiu 9,1% na comparação com outubro, com queixas de demanda insuficiente


	Serviços: entre serviços prestados às famílias, demanda aquém do esperado atingiu 38,5%
 (Getty Images)

Serviços: entre serviços prestados às famílias, demanda aquém do esperado atingiu 38,5% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 15h06.

Rio - Os empresários de serviços prestados às famílias sentiram o baque da desaceleração do consumo.

Em novembro, a confiança deste segmento caiu 9,1% na comparação com outubro, com queixas de demanda insuficiente.

O resultado superou, e muito, a queda média de 2,1% no Índice de Confiança de Serviços (ICS) no período, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

"O resultado coloca mais uma luz amarela, pois é o setor que fala mais diretamente com a demanda doméstica", notou o economista Silvio Sales, consultor da FGV.

"Os resultados apontam que, no início de 2015, a demanda deve perder espaço."

Os serviços prestados as famílias (apelidados de "varejo dos serviços") englobam os segmentos de alimentação, alojamento e outros.

A maior parte deles registra número elevado de empresários se queixando de demanda insuficiente.

Na média dos serviços, esse porcentual ficou em 28,9%, mas no alojamento essa fatia chegou a 57,8%.

Entre todos os serviços prestados às famílias, a demanda aquém do esperado atingiu 38,5%.

"É preocupante, porque embora o segmento não agregue muito valor, ele emprega muito", citou Sales.

Apesar do alerta, o indicador de emprego previsto subiu 3,9% na média do setor de serviços em novembro contra outubro.

O economista argumenta que o resultado não representa uma tendência, já que é o primeiro dado positivo após uma sequência de recuos intensos.

Além disso, o indicador está nos 98 pontos, o que mostra que mais empresários pretendem demitir do que contratar.

Em termos de confiança, a queda do ICS refletiu um aumento intenso no número de empresários que se declaram pessimistas, tanto com a situação quanto com o futuro.

"Esses números confirmam tendência de trajetória de crescimento menor no setor de serviços", disse Sales.

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