Economia

Deflação ao produtor perde fôlego na China em março

Menores preocupações com os declínios dos preços nos portões da fábrica podem indicar afrouxamento monetário menos agressivo nos próximos meses


	Plantação de arroz na China: alguns economistas disseram que menores preocupações com os declínios dos preços nos portões da fábrica podem indicar afrouxamento monetário menos agressivo
 (China Photos/Getty Images)

Plantação de arroz na China: alguns economistas disseram que menores preocupações com os declínios dos preços nos portões da fábrica podem indicar afrouxamento monetário menos agressivo (China Photos/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 10h24.

Xangai/Pequim - Os preços ao produtor na China caíram menos do que o esperado em março e a inflação ao consumidor se estabilizou, sinal de que as fortes pressões deflacionárias no setor industrial podem estar perdendo força.

Alguns economistas disseram que menores preocupações com os declínios dos preços nos portões da fábrica podem indicar afrouxamento monetário menos agressivo nos próximos meses.

Eles têm acompanhado a evolução da inflação neste ano após prolongada campanha de expansão monetária pelo banco central da China começando no fim de 2014, que tem estimulado o crédito mas ainda não resultou em aumentos substanciais dos preços.

Os preços ao produtor caíram 4,3% em março na comparação com o ano anterior, estendendo o declínio para um total de quatro anos, mas em ritmo mais lento do que a mediana das estimativas em pesquisa da Reuters, que apontava declínio de 4,6%.

Economistas disseram que a queda mais lenta dos preços ao produtor foi provocada pela recuperação dos preços das commodities e também pela recuperação da atividade de construções no mercado local.

"Os preços ao produtor têm se beneficiado da retomada do investimento imobiliário e em infraestrutura e das novas encomendas pelo governo", disse Yang Zhao, economista-chefe para a China do Nomura Bank em Hong Kong.

"De maneira geral, os dados são uma boa combinação para os mercados financeiros. Os preços ao consumidor repetiram a taxa, então não deve haver muitas preocupações com aperto monetário".

Os preços ao consumidor subiram 2,3% em março na comparação com igual período no ano anterior, abaixo da previsão de 2,5% mas igual à taxa de 2,3% apurada em fevereiro.

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