Real: nas previsões do último relatório, o déficit esperado era de R$ 151,736 bilhões (Arquivo/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2017 às 11h13.
Última atualização em 12 de janeiro de 2017 às 11h15.
Brasília - Os analistas do mercado financeiro continuam apostando que o Governo Central (que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) não irá cumprir a meta fiscal de 2017, que é de um déficit primário de R$ 139 bilhões.
As estimativas do boletim Prisma Fiscal com mês de referência em dezembro, divulgadas nesta quinta-feira, 12, pelo Ministério da Fazenda, mostram que os economistas ainda projetam resultado negativo de R$ 148,358 bilhões neste ano.
Nas previsões do último relatório - com mês de referência em novembro -, o déficit esperado era de R$ 151,736 bilhões.
O Prisma desse mês manteve estimativa para a receita líquida do governo federal em 2017 em R$ 1,160 trilhão. Já a medida das projeções para a arrecadação total neste ano caiu de R$ 1,356 trilhão para R$ 1,345 trilhão.
O boletim mostra também que a previsão para a despesa total em 2017 do Governo Central caiu de R$ 1,315 trilhão para R$ 1,312 trilhão. O analistas consultados pela Fazenda ainda reduziram a projeção de Dívida Bruta do Governo Geral de 77,70% do PIB para 76,80% do PIB neste ano.
Nas projeções mensais para o trimestre à frente, o relatório trouxe melhora de perspectiva de primário para janeiro, cuja estimativa de superávit passou de R$ 2,811 bilhões para R$ 3,588 bilhões.
Já a projeção de déficit primário de fevereiro passou de R$ 23,706 bilhões para R$ 24,183 bilhões. Para março, o saldo negativo esperado passou de R$ 9,960 bilhões para R$ 9,865 bilhões.
Com a virada do ano, pela primeira vez o Prisma trouxe as previsões do mercado para o resultado fiscal do Governo Central em 2018. A medida das estimativas dos analistas aponta para um déficit primário de R$ 125,928 bilhões no próximo ano.
Quando anunciou a meta de primário para 2017, o Ministério da Fazenda estimou um déficit de R$ 79 bilhões para o Governo Central em 2018.