Economia

Déficit da Previdência deve superar estimativas em 2013

Ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse nesta terça que a última estimativa do seu ministério é que o rombo fique entre R$ 40 bilhões e R$ 43 bilhões


	Previdência social: ministro da Previdência afirmou que "não acha fácil reverter" o déficit alcançado até setembro para chegar ao programado
 (Antonio Cruz/ABr)

Previdência social: ministro da Previdência afirmou que "não acha fácil reverter" o déficit alcançado até setembro para chegar ao programado (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 14h39.

Brasília - Apesar do esforço da equipe econômica para fortalecer o discurso de responsabilidade fiscal, o déficit da Previdência Social em 2013 deve ficar maior que o projetado no último relatório de receitas e despesas, divulgado no final de setembro pelo ministério do Planejamento.

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse nesta terça-feira, 05, que a última estimativa do seu ministério é que o rombo fique entre R$ 40 bilhões e R$ 43 bilhões.

O ministro afirmou que "não acha fácil reverter" o déficit alcançado até setembro para chegar ao programado. O relatório tem uma previsão de R$ 36,2 bilhões.

No entanto, nos nove meses de 2013, este déficit já atingiu R$ 47,6 bilhões. "Não acho fácil reverter (o déficit)", disse o ministro.

"Nós acreditamos sempre que, no último trimestre do ano, as receitas têm um ganho bom. Não é problema só de contenção de despesas. Mas não sei se a gente consegue reverter tudo", completou Alves. "A última previsão era entre R$ 40 bilhões e R$ 43 bilhões este ano. Para chegar a isso e não haver nenhuma surpresa, a gente confia muito que o final do ano permita um volume maior de receitas para compensar isso", repetiu.

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, atribuiu parte do resultado fiscal ruim de setembro ao tamanho do déficit na previdência. Segundo ele, ocorreu parte do pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas. Por isso, espera-se que as contas fechem no azul no mês de dezembro.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem repetido que os grandes gastos do governo - juros da dívida, INSS e funcionalismo público - estão sob controle.

Agora, diz que quer atacar outros tipos de despesas que apresentam crescimento como o seguro-desemprego e o abono salarial. Segundo ele, os gastos com essas despesas devem atingir R$ 47 bilhões em 2013 e, por isso, o governo está discutindo com as centrais sindicais medidas para reduzi-las.

No entanto, a previsão do ministro também é maior que o previsto no último relatório de receitas e despesas. Os gastos estimados no documento com abono salarial e seguro-desemprego somam R$ 41,8 bilhões. O governo divulgará um novo relatório no final deste mês, no qual poderá rever estas projeções.

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