Economia

Déficit comercial é expressivo até junho, diz secretária

Sem apresentar números, Tatiana espera um superávit comercial para o ano, apesar de saber que será "bastante inferior" ao resultado de 2012

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 17h59.

Brasília - A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, admite que o déficit de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano foi "realmente expressivo", mas cita que o saldo era de US$ 5,3 bilhões no acumulado até maio, o que significa um refresco para a balança.

Sem apresentar números, Tatiana espera um superávit comercial para o ano, apesar de saber que será "bastante inferior" ao resultado de 2012. No ano passado, o superávit comercial somou US$ 19,43 bilhões.

Ela considera uma vitória a pequena queda de 0,7% da média diária das exportações nos primeiros seis meses do ano ante igual período de 2012. "Isso é praticamente uma estabilidade, e é muito difícil manter estabilidade das exportações que temos, dado o cenário externo", afirmou Tatiana em entrevista à imprensa na tarde desta segunda-feira, 1, para comentar os dados da balança referentes a junho. "Estamos em nível de vendas muito próximo ao de 2012, que foi o segundo melhor ano para as exportações brasileiras", completou.

Petróleo

A secretária informa ainda que a queda de 14,8% das exportações para os Estados Unidos no primeiro semestre é explicada pela conta petróleo. No período, as vendas de combustível para o país caíram 58,3% passando de US$ 3,699 bilhões no primeiro semestre de 2012 para US$ 1,518 bilhão de janeiro a junho de 2013. "A queda das exportações de petróleo para os Estados Unidos é dentro do que ocorre geral, para o mundo, não difere tanto do conjunto."

Ela salienta que, apesar de as vendas brasileiras serem diversificadas para o mercado norte-americano, quantitativamente ainda se concentram em petróleo. Nos últimos anos, de acordo com ela, a exportação do produto foi responsável por cerca de um quarto de todas as vendas aos EUA. Tatiana menciona que, além da diminuição das exportações brasileiras, tem sido verificado um aumento na demanda interna, o que tem impacto sobre o resultado.

Manifestações

Sobre manifestações que tomam as ruas do País nas últimas semanas, Tatiana descarta impacto sobre o comércio exterior. Ela lembra que o único prejuízo às exportações ocorreu quando o acesso ao Porto de Santos (SP) foi fechado. "Isso afetou, sim, o nosso comércio exterior, mas nos dias seguintes houve uma compensação e comércio foi normalizado."

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