Economia

Déficit comercial dos EUA alcança seu maior nível em 5 anos

A diferença entre as exportações e importações no país em janeiro ficou em US$ 48,5 bilhões, segundo o relatório do Departamento de Comércio

EUA: o saldo negativo no comércio dos EUA com a China cresceu em janeiro para US$ 31,3 bilhões (iStock/Thinkstock)

EUA: o saldo negativo no comércio dos EUA com a China cresceu em janeiro para US$ 31,3 bilhões (iStock/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 7 de março de 2017 às 14h15.

Washington - O déficit comercial dos Estados Unidos cresceu 9,6% em janeiro e se situou em US$ 48,5 bilhões, alcançando seu maior nível em quase cinco anos, informou nesta terça-feira o governo americano.

Assim, o déficit comercial de janeiro, que seguiu o de US$ 44,3 bilhões registrado em dezembro, foi o mais alto desde o saldo negativo de US$ 50,2 bilhões do mês de março de 2012.

No primeiro mês do ano, as importações americanas aumentaram 2,3% e se situaram em US$ 240,6 bilhões, enquanto as exportações registraram um aumento de 0,6% e alcançaram US$ 192,1 bilhões, segundo o relatório do Departamento de Comércio.

Por países, o saldo negativo no comércio dos EUA com a China cresceu em janeiro para US$ 31,3 bilhões, o número mensal mais alto desde setembro.

Também aumentou em janeiro o déficit comercial com o Canadá, que ficou em US$ 3,6 bilhões, mas o com o México diminuiu, para US$ 3,9 bilhões.

O diretor do Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca, Peter Navarro, advertiu ontem que o elevado déficit comercial dos EUA é um "risco para a segurança nacional" e prometeu lutar contra "a migração em massa de empresas para o estrangeiro".

"Reduzir este déficit através de negociações duras e inteligentes é um modo de aumentar as exportações líquidas e impulsionar a taxa de crescimento econômico", indicou Navarro na conferência anual da Associação Nacional de Economistas de Negócios em Washington.

O déficit dos EUA em seu comércio com outros países superou em 2016 os US$ 502 bilhões, o maior número desde 2012.

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