Economia

Déficit com China gerou perda de 3,4 mi de empregos nos EUA

A dependência das importações chinesas e as práticas comerciais do gigante asiático também provocaram uma queda do setor industrial nos EUA

Desemprego: quase três quartos do total de empregos perdidos devido ao déficit comercial estão nos EUA (./Reprodução)

Desemprego: quase três quartos do total de empregos perdidos devido ao déficit comercial estão nos EUA (./Reprodução)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 08h15.

O enorme déficit comercial com a China custou 3,4 milhões de postos de trabalho aos Estados Unidos entre 2001 e 2015 - aponta um relatório publicado nesta terça-feira (31) por um instituto de análises.

A dependência das importações chinesas e as práticas comerciais do gigante asiático também provocaram uma queda do setor industrial nos Estados Unidos, onde estão quase três quartos do total de empregos perdidos devido ao déficit comercial, informou o documento, elaborado pelo Instituto de Política Econômica (EPI).

O relatório desse "think tank" é divulgado no momento em que o novo governo de Donald Trump tenta modificar as políticas comerciais, responsabilizadas pela perda dos postos de trabalho na indústria americana em benefício de países como China e México.

Peter Navarro, assessor econômico de Trump, acusou Pequim reiteradamente de adotar políticas comerciais que enfraquecem de forma direta a economia dos Estados Unidos.

Entre 2001 e 2015, o déficit comercial dos Estados Unidos com a China mais do que quadruplicou, a 483,2 bilhões de dólares, segundo o relatório.

Os fabricantes de computadores e de componentes eletrônicos foram os mais prejudicados, perdendo 1,2 milhão de postos de trabalho no período considerado pelo documento.

O grosso dos empregos perdidos na indústria pertence a "setores de alta tecnologia e às indústrias muito intensivas em capital, que proporcionam empregos muito bons com excelentes receitas em ramos como o de aço, máquinas-ferramentas e aparelhos eletrônicos", detalhou o autor do relatório, Robert Scott.

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