Avião da TAM decolando no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (Paolo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2013 às 19h48.
São Paulo - A decisão sobre possível redistribuição nos slots (horários de pouso e decolagem) do aeroporto de Congonhas deve sair nos próximos 15 dias, segundo afirmou o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, nesta quinta-feira.
O governo avalia formas de permitir que empresas aéreas menores tenham mais espaço para atuar no aeroporto em São Paulo, atualmente dominado pelas duas maiores companhias, TAM e Gol.
"A Anac (Agencia Nacional de Aviação Civil) está avaliando, ouvindo a Infraero e creio que deve sair nos próximos 15 dias", disse ele a jornalistas, após a assinatura de contrato para um novo aeroporto de aviação executiva na capital paulista.
Inicialmente, a proposta considerava a retirada de slots de empresas com forte atuação em Congonhas e repassá-los para outras companhias, o que gerou críticas das empresas, incluindo da Azul, uma das interessadas em ter mais slots no aeroporto.
As empresas pediram ao governo que estudasse passar os quatro slots de aviação executiva atualmente disponíveis no aeroporto para a aviação comercial, que passaria a ter 34 horários de pouso e decolagem.
Franco reiterou que uma decisão não foi tomada, mas considerou não ser possível retirar os slots de aviação executiva no aeroporto.
"O problema é que a oferta de espaço aéreo para a aviação executiva é muito pequena em relação à demanda (...) Se a oferta é pequena, hoje não tem como", disse.
No mesmo evento, o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, frisou o interesse do governo de aviação executiva e comercial convivam no aeroporto. Ele ressaltou que a agencia estuda ampliar o que chamou de "slots planejados" para a aviação comercial.
"Congonhas tem hoje 34 slots por hora, que são movimentos planejados, só que a capacidade do aeroporto vai a mais de 40. A gente estuda se pode aumentar essa capacidade para uso da aviação comercial", disse Guaranys.
Ele descartou que os voos de aviação executiva sejam transferidos para o novo aeroporto, que será construído em Parelheiros, zona sul de São Paulo, exclusivamente para esse tipo de aviação.
O projeto será construído pela empresa Harpia Logística, fundada por Fernando Botelho e André Skaf, filho do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com investimentos de 1 bilhão de reais e previsão de início das operações no fim de 2014.