Economia

Davos: Padrão de vida é melhor medida de crescimento do que PIB

A mediana das rendas per capita caiu 2,4% entre 2008 e 2013 em 26 economias avançadas, informou o fórum em relatório

Davos: “A maioria dos países está perdendo oportunidades importantes para aumentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade ao mesmo tempo” (Ruben Sprich/Reuters)

Davos: “A maioria dos países está perdendo oportunidades importantes para aumentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade ao mesmo tempo” (Ruben Sprich/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 16h14.

Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 16h15.

Londres - Os países desenvolvidos e em desenvolvimento deveriam enfatizar os padrões de vida, e não o crescimento absoluto, como melhor indicador de desempenho econômico, segundo os organizadores do Fórum Econômico Mundial, realizado anualmente.

A mediana das rendas per capita caiu 2,4 por cento entre 2008 e 2013 em 26 economias avançadas, informou o fórum em relatório divulgado na segunda-feira que ressalta a “insegurança e a desigualdade que acompanham a mudança tecnológica e a globalização”.

Os países deveriam medir seu progresso econômico com base no “desenvolvimento inclusivo” e aumentar o investimento em programas como treinamento profissional para diminuir a carga da desigualdade, informou o relatório.

“A maioria dos países está perdendo oportunidades importantes para aumentar o crescimento econômico e reduzir a desigualdade ao mesmo tempo”, disse o FEM, afirmando que indicadores como expectativa de vida, produtividade e índice de pobreza deveriam ser as prioridades para a formulação de políticas econômicas para evitar novos declínios.

A desigualdade e as frustrações daqueles que se sentem esquecidos pela globalização serão os principais tópicos de discussão da reunião anual do fórum, em Davos, na Suíça, que começa na terça-feira.

A reunião de líderes políticos, executivos corporativos, investidores e acadêmicos tem estado na fronteira dos avanços de integração econômica aos quais o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e partidos populistas europeus se opõem, uma tensão que será óbvia no evento deste ano.

No ranking do FEM que marca o desempenho de 29 economias avançadas em termos de desenvolvimento inclusivo, Noruega, Luxemburgo e Suíça ocuparam os primeiros lugares, enquanto o Reino Unido foi classificado em 21o e os EUA, em 23o.

Mais da metade dos 103 países medidos viram suas pontuações caírem nos últimos cinco anos.

O fórum informou que para reverter os declínios nos padrões de vida os governos precisam priorizar a educação e a igualdade de gêneros e suavizar a transição da escola ao trabalho, além de expandir a infraestrutura.

Além disso, afirmou que a integração econômica deve ser reconcentrada para dar ênfase à facilitação do comércio de empresas com países e também entre elas, particularmente entre aquelas de pequeno e médio porte.

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