Economia

Dados apontam aumento de 2% no consumo de energia em julho

A CCEE destacou que a expansão no Ambiente de Contratação Livre (ACL) está relacionada à migração de novas cargas


	Energia elétrica: a CCEE destacou que a expansão no Ambiente de Contratação Livre está relacionada à migração de novas cargas
 (Thinkstock)

Energia elétrica: a CCEE destacou que a expansão no Ambiente de Contratação Livre está relacionada à migração de novas cargas (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 20h08.

São Paulo - O consumo de energia no País aumentou 2,1% entre os dias 1º e 19 de julho, na comparação com o mesmo período de 2015, e somou 57.686 MW médios, de acordo com dados preliminares de medição, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em seu boletim InfoMercado Semanal.

Enquanto o consumo no mercado cativo (Ambiente de Contratação Regulada), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, recuou 1%, no mercado livre, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, foi registrado um aumento de 11,6%.

A CCEE destacou que a expansão no Ambiente de Contratação Livre (ACL) está relacionada à migração de novas cargas. Desconsiderando estas novas unidades consumidoras, houve um crescimento de 3,9%, o que demonstra uma pequena reação da atividade econômica, disse a CCEE

Entre os ramos de atividade, considerando autoprodutores, consumidores livres e especiais, os segmentos que registraram maior evolução foram comércio (44,5%); alimentícios (30,3%); e bebidas (27,5%). Conforme a câmara de comercialização, tais taxas de crescimento estão vinculadas à migração dos consumidores para o mercado livre. Na outra ponta, o setor de extração de minerais metálicos apresentou queda no consumo de 12% e foi o único ramo de atividade a apresentar sinal negativo de demanda.

Geração

Em relação à geração de energia, houve a entrega de 60.034 MW médios ao Sistema Interligado Nacional (SIN) até a última terça-feira, 19, o que também corresponde a um crescimento de 2,1%.

Dentre as diferente fontes da matriz brasileira, o destaque foi para a produção das usinas eólicas, que cresceu 57% frente ao mesmo período de 2015, para 4.127 MW médios. Já a geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), alcançou 44.075 MW médios, montante 10,4% superior ao registrado no ano passado.

A representatividade da fonte foi de 73,4% sobre toda energia gerada no País, índice 5,5 pontos porcentuais superior ao registrado em 2015. Por outro lado, houve retração de 27,2% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas a óleo (-83,3%), bicombustível (-45,2%) e a gás (-39,5%).

A CCEE também apresentou estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) gerem, até a quarta semana de julho, o equivalente a 92,8% de suas garantias físicas, ou 45.597 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este porcentual foi de 89%.

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