Economia

Dados reforçam temor de desaceleração do crescimento chinês

Crescentes indícios nas últimas semanas mostram que a economia está desacelerando rapidamente


	Dados relativos às vendas de maio no varejo e na produção industrial, assim como sobre os investimentos e a inflação, serão divulgados no domingo
 (China Daily/Reuters)

Dados relativos às vendas de maio no varejo e na produção industrial, assim como sobre os investimentos e a inflação, serão divulgados no domingo (China Daily/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2013 às 14h14.

PEQUIM - As exportações da China tiveram sua menor taxa de crescimento em quase um ano no mês de maio, enquanto as importações caíram inesperadamente, mostraram dados divulgados pelo governo neste sábado, reforçando a preocupação de que o crescimento da segunda maior economia do mundo pode desacelerar novamente no segundo trimestre.

Crescentes indícios nas últimas semanas mostram que a economia está desacelerando rapidamente, enquanto a fraca demanda interna não consegue compensar a fraca exportação.

Os números mais recentes refletem com mais precisão a situação em que vivem os exportadores da China.

"As informações de comércio refletem uma lentidão doméstica e da venda externa, sinalizando que haverá uma recuperação mais lenta do que a esperada no segundo trimestre," disse Shen Lan, um economista da Standard Chartered, em Xangai.

Os dados relativos às vendas de maio no varejo e na produção industrial, assim como sobre os investimentos e a inflação, serão divulgados no domingo e poderão fornecer mais indícios sobre a desaceleração.

As exportações subiram um por cento em maio, em relação ao ano anterior, o menor crescimento desde julho passado, bem abaixo de uma previsão média de pesquisa da Reuters de aumento de 7,3 por cento. Os dados sobre as importações foram ainda piores - elas caíram 0,3 por cento contra as expectativas de 6 por cento de crescimento.

O superávit comercial do mês foi de 20,4 bilhões de dólares, em comparação às expectativas do mercado de 19,3 bilhões de dólares.

As exportações para os EUA, principal destino dos embarques chineses, caíram 1,6 por cento em maio, o terceiro mês de queda consecutiva, enquanto que as exportações para a UE, o segundo mercado mais importante, caíram 9,7 por cento, também pelo terceiro mês consecutivo.

Porém, em um sinal positivo, informações alfandegárias separadas, mostraram que as importações das principais commodities da China aumentaram em maio, em comparação ao mês anterior, ajudadas pelos preços mais baixos nos mercados mundiais, e apontando para uma demanda resiliente.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaBricsChina

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética