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Dá para ver aplicação do recurso do etanol, diz Mantega

Mantega enfatizou que o setor sucroalcooleiro precisa ser olhado a longo prazo

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 15h23.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considera possível acompanhar o uso correto dos benefícios anunciados nesta terça-feira, 23, para o setor de etanol.

Em momentos de disparada dos preços da commodity, muitos produtores de cana-de-açúcar deslocam suas atividades do etanol para o açúcar. "Não vou dizer que é absolutamente perfeito, mas tem como a entidade financiadora acompanhar e garantir que (o recurso do financiamento) vá para o etanol", disse o ministro a jornalistas.

Segundo Mantega, a empresa que quiser acessar as linhas de crédito renovadas pelo governo tem que apresentar um projeto mostrando a finalidade dos recursos.

Ele explicou que, hoje, parte da produção das usinas é açúcar e outra parte etanol e que, além disso, existe integração nas áreas de produção e distribuição.

Longo prazo

Mantega enfatizou que o setor sucroalcooleiro precisa ser olhado a longo prazo. "O etanol tem que ocupar espaço muito maior do que tem hoje; podemos nos tornar o primeiro produtor do mundo", declarou, acrescentando que o posto é dos Estados Unidos atualmente.

Para que o Brasil avance na posição, citou que é preciso ampliar as pesquisas, áreas plantadas e condições financeiras. "É nisso que estamos trabalhando. O Brasil precisará de vários bilhões de etanol por ano. No longo prazo, o setor será bem-sucedido."

O ministro explicou que as medidas anunciadas para o etanol e o setor químico sairão por Medida Provisória e valerão a partir de 1º de maio, data em que também entrará em vigor o aumento da mistura de etanol à gasolina, de 20% para 25%. Ele mencionou que, com esse pacote para o setor alcooleiro, deverá haver impacto sobre a balança comercial. "Queremos diminuir a importação de gasolina", disse.

O ministro admitiu que a existência da linha Prorenova. No ano passado, ofertou um total de R$ 4 bilhões, com desembolso de R$ 1,3 bilhão. "Agora é novo, terá também R$ 4 bilhões, só que com taxa de juros mais baixa. A condição está melhorando. Juro anterior de 8%, 9% ao ano. Agora é de 5,5%", comparou.

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