Economia

Custos da indústria sobem 3,6% no terceiro trimestre

Alta foi superior a dos preços domésticos dos manufaturados, com 2,4%, o que reduz a margem de lucro das empresas industriais

Operário trabalha em linha de montagem na planta da marca de escavadeiras britânica J.C. Bamford, em Sorocaba (Paulo Whitaker/Reuters)

Operário trabalha em linha de montagem na planta da marca de escavadeiras britânica J.C. Bamford, em Sorocaba (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 10h51.

Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) anunciou hoje que os custos da indústria no terceiro trimestre em comparação ao período anterior subiram 3,6%, pressionados pelo câmbio e pelo aumento dos juros. A alta foi superior a dos preços domésticos dos manufaturados, com 2,4%, o que reduz a margem de lucro das empresas industriais, informou a Confederação.

Os custos da indústria brasileira chegaram, recentemente, a cair dos trimestres seguidos, antes desta alta. Todos os componentes do indicador (custos de produção, de capital de giro e tributário) subiram no terceiro trimestre na comparação com o segundo.

O custo de produção - formado pelos custos com pessoal, bens intermediários e energia - subiu 3,7% no período. Foi o maior aumento dos últimos cinco trimestres. Grande parte desse aumento é resultado da alta de 4,7% nos custos de bens intermediários (insumos e matérias-primas). A maior elevação, de 6,4%, ocorreu nos bens intermediários importados, impulsionada pela desvalorização do real diante do dólar. Os custos dos insumos nacionais aumentaram 4,4%.

Outro dado relevante mostra que o custo da energia, que inclui energia elétrica e óleo combustível, teve alta de 0,8% entre julho e setembro na comparação com o período entre abril e junho. Os resultados tiveram o impacto de 1% no custo da energia elétrica. Manteve-se estável, com alta de 0,1%, o óleo combustível. O custo com pessoal cresceu 1,1% no terceiro trimestre em comparação ao período anterior.

A CNI também destaca o aumento no custo do capital de giro, que aumentou 13,1%. Para os técnicos, o movimento está diretamente ligado à interrupção da política de redução dos juros e a retomada do ciclo de crescimento da taxa básica de juros (Selic). Outro fator foi o custo tributário, que aumentou 2,3% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

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