Economia

Custo de vida em São Paulo sobe 0,95% em julho, diz Dieese

O impacto é maior para famílias de baixa renda, para as quais a inflação acumulada é 11,78%


	No último mês, uma das maiores contribuições para a elevação do ICV veio do grupo habitação (2,69%)
 (OcusFocus/Thinkstock)

No último mês, uma das maiores contribuições para a elevação do ICV veio do grupo habitação (2,69%) (OcusFocus/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 15h30.

São Paulo - O custo de vida na capital paulista aumentou 0,95% em julho na comparação com o mês anterior, aponta levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 10%. O impacto é maior para famílias de baixa renda, para as quais a inflação acumulada é 11,78%. Em 2015, a taxa está em 8,05%.

No último mês, as maiores contribuições para a elevação do Índice de Custo de Vida (ICV) vieram dos grupos habitação (2,69%), alimentação (0,69%), educação (0,68%) e transporte (0,12%).

No item que calcula despesas com moradia, por exemplo, o reajuste de 15,06% na tarifa de energia elétrica fez com a taxa do subgrupo operações do domicílio aumentasse 4,01%.

O segmento alimentação registrou alta em todos os subgrupos: alimentos in natura e semielaborados (0,94%), produtos da indústria alimentícia (0,50%) e alimentação fora do domicílio (0,44%).

O destaque, entre os in natura, foi o item raízes e tubérculos. A cebola, por exemplo, apresentou alta de 7,05%, seguida pela batata (4,6%).

Nos industrializados, o valor do leite longa vida teve aumento de chama de 4,16%. O chocolate, por outro lado, teve queda de 2,06%.

O grupo educação e leitura foi impactado pelo aumento do subgrupo educação (0,72%), especialmente pela alta no cursos formais (0,97%), tendo em vista o reajuste de 2,52% nos cursos universitários.

No transporte, a alta decorreu do aumento da tarifa de ônibus interestadual (7,67%). Já o transporte individual diminuiu 0,14%, resultado da queda de 0,66% nos combustíveis.

O Dieese também calcula o custo de vida a partir da renda dos paulistanos, divididas em três partes. No primeiro estrato, com as famílias de baixa renda, a taxa ficou em 1,33%.

O nível intermediário registrou alta de 1,05%. Para as de maior poder aquisitivo, o custo de vida subiu menos, 0,8%.

Acumulado de 12 meses

Os preços relacionados à habitação (16,16%) e alimentação (10,24%) foram os que registraram taxa acima do índice geral (10%) no acumulado de 12 meses.

No primeiro grupo, o resultado decorre, principalmente, do subgrupo operação do domicílio (22,42%), que inclui os aumentos da tarifa de energia elétrica (74,67%), de água e esgoto (22,79%), de botijão de gás (10,09%), de serviços domésticos (9,4%) e do gás de rua (8,34%).

Na alimentação, os destaque foram os produtos in natura e semielaborados (14,24%), seguidos da alimentação fora do domicílio (9,57%).

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCrise econômicaCusto de vidaDieeseeconomia-brasileiraFamíliaInflaçãoMetrópoles globaisSão Paulo capital

Mais de Economia

Motta envia recados sobre crise do IOF, enquanto governo mantém tom de confronto

Governo entra nesta terça com ação no STF contra decisão de derrubada da alta do IOF

Haddad diz que governo faz 'justiça social' e rebate crítica sobre aumento de impostos

Setor público tem déficit de R$ 33,7 bilhões e dívida sobe para 76,1% do PIB em maio