Economia

Custo de vida em SP sobe mais para baixa renda

De acordo com o índice, o custo de vida da classe E aumentou 5,17% no período em análise, enquanto na classe A o aumento foi de 3,86%


	Cidade de São Paulo: informação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
 (Germano Lüders/EXAME)

Cidade de São Paulo: informação é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2012 às 13h12.

São Paulo - O custo de vida das famílias mais pobres aumentou mais do que o das famílias mais ricas no acumulado de 12 meses encerrados em agosto deste ano. É o que mostra o indicador de agosto do Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da Região Metropolitana de São Paulo, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com o índice, o custo de vida da classe E aumentou 5,17% no período em análise, enquanto na classe A o aumento foi de 3,86%. As classes B, C e D tiveram aumento de 4,21%, 4,56% e 5,02%, respectivamente, no custo de vida apurado ao longo de 12 meses até agosto.

Considerando todas as classes sociais, o indicador apontou elevação de 4,58% neste período. Na comparação com o mês de julho, o custo de vida ficou 0,17% mais alto.

Ainda de acordo com a pesquisa, alguns tipos de gasto influenciam em maior ou menor medida no custo de vida de cada estrato social. Gastos pessoais, por exemplo, pesaram mais para as classes menos abastadas, subindo 12,95% para a classe "E" e 12,1% para a classe "D" em agosto, no acumulado de 12 meses até agosto. Já para a classe "A", os gastos pessoais subiram 8,73% no mesmo período. Por outro lado, os gastos com comunicação aumentaram, respectivamente, 5,93% e 5,1% para as classes "A" e "B", e apenas 1,83% e 1,59% para as classes "D" e "E".

Já os gastos com alimentação nos 12 meses até agosto variaram pouco entre as diferentes faixas de renda, subindo 8,17% e 8,18% para as classes "E" e "D", 8,27% para a classe "C", 8,35% para a classe B e 8,91% para a classe "A".

Em nota, a FecomercioSP explica que nos meses anteriores, considerando o mesmo tipo de comparação, a diferença entre os estratos sociais era maior, sendo que os gastos com alimentação haviam subido mais para as famílias de renda menor. Contudo, a inflação de determinados alimentos mais sofisticados, como algumas frutas e cortes nobres de carnes, aproximaram os números.

O CVCS separa as famílias em cinco classes de renda, considerando também os ganhos não monetários. São elas: "E" (até R$ 976,58), "D" (de R$ 976,59 a R$ 1.464,87), "C" (de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33), "B" (de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23) e "A" (mais de R$ 12.207,24).

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