Os principais motivos para o maior custo de vida no estrato menos abastado da população foram as variações nos preços de alimentação, vestuário e transporte (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O custo de vida na região metropolitana de São Paulo fechou o ano de 2012 com alta acumulada de 5,15% em 12 meses encerrados em dezembro, de acordo com o Custo de Vida por Classe Social (CVCS), divulgado nesta sexta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Segundo o indicador, o custo de vida na região subiu 0,43% em outubro, 0,55% em novembro e 0,78% em dezembro.
O orçamento das famílias de baixa renda foi o mais pressionado em 2012. Para a classe E, o acumulado do custo de vida em 12 meses foi de 5,99%. Em seguida aparecem as classes D (5,84%), B (4,69%) e A (4,09%).
Os principais motivos para o maior custo de vida no estrato menos abastado da população foram as variações nos preços de alimentação, vestuário e transporte. Apenas na classe E, os preços desses grupos em 12 meses foram, respectivamente, 10,07%, 5,55% e 3,47%.
De acordo com a assessoria técnica da entidade, o resultado do CVCS ao longo de 2012 chama a atenção para o crescimento da inflação desde agosto, que, segundo a FecomercioSP, acarretou em um último trimestre bastante preocupante em termos de controle de preços e manutenção do padrão de vida, sobretudo para as camadas de renda inferior.
"A média inflacionária do último trimestre indica inflação anual de 7,3%, sendo que em dezembro o ritmo do CVCS atingiu 9,8%. Se observados apenas os dados do estrato com menor renda, a inflação de dezembro já figurava mais de 13% ao ano", escreveu a entidade em nota distribuída à imprensa.