Economia

Custo de vida da classe média sobe 0,61%, diz Fecomercio-SP

Índice atingiu a sexta alta consecutiva; alimentação e despesas pessoais foram os vilões

O índice deve fechar 2011 com alta de 5,31% (Antonio Milena/EXAME)

O índice deve fechar 2011 com alta de 5,31% (Antonio Milena/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h39.

São Paulo - O Índice do Custo de Vida da Classe Média (ICVM) registrou a sexta alta consecutiva em novembro, com crescimento de 0,61% ante 0,35% em outubro, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Em 2011, o ICVM acumula alta de 5,31% contra 5,07% no ano passado.

Nos últimos 12 meses, o índice apresenta crescimento de 5,84%, contra 5,35% no mesmo período de 2010. O indicador é elaborado em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil e abrange o intervalo de renda entre cinco e 15 salários mínimos paulista.

Em novembro, o grupo que mais contribuiu para o aumento do ICVM foi o de Alimentação, com alta de 0,92%. Entre os itens analisados, as maiores variações foram verduras (2,56%), carnes bovinas (2,37%), frutas (2,14%) e legumes (1,91%). Já os preços de tubérculos e ovos apresentaram desaceleração de 3,12% e 1,24%, respectivamente. As refeições fora do domicílio subiram, em média, 1,47% no mês. Neste ano, a categoria Alimentação acumula alta de 4,55% e de 6,10%, no intervalo dos últimos 12 meses.

Outro grupo responsável por pressionar o ICVM foi o de Despesas Pessoais, com expansão de 1,29%. As participações mais importantes foram passagem rodoviária e aérea (6,49%) e viagem de excursão (3,01%). De janeiro a novembro, o grupo acumula alta de 6,43% e 6,79% em 12 meses. Novamente, confirmando a sazonalidade de alta no segmento de roupas e calçados com a proximidade do final do ano, os artigos de Vestuário custaram 1,13% a mais em novembro ante a queda de -0,56% registrada em outubro.

Transportes

Contrariando a desaceleração de -0,09% aferida em outubro, o segmento Transportes apresenta expansão de 0,31% em novembro, com acúmulo de 5,57% em 2011 e de 5,96% em 12 meses. A relação entre o preço do etanol e o da gasolina em novembro demonstra equivalência econômica dos combustíveis. No período, as variações nos preços de ambos foram de 1,52% e 0,48%, respectivamente.

Pressionado pela alta de 0,64% no valor dos planos particulares, o grupo Saúde aponta variação positiva de 0,41% em novembro. A categoria alcança acumulado de 7,17% neste ano e 7,42% nos últimos 12 meses. Com ligeira variação de 0,03%, o grupo Educação também contribuiu com o incremento do ICVM em novembro. No acumulado deste ano e nos últimos 12 meses, as elevações foram de, respectivamente, 6,78% e 6,87%.

Na comparação com outubro, o único grupo que apresentou arrefecimento foi Habitação, ao passar de 0,66% para 0,44% em novembro. O resultado da categoria foi puxado pela menor influência entre os dois meses analisados nas contas de água (de 4,54% para 1,57%) e energia elétrica (de 0,82% para 0,12%). No entanto, gastos com condomínio (1,07%), reforma da residência (1,05%) e aluguel (0,59%) continuam pressionando o grupo. Em 12 meses, Habitação assinala expansão de 4,73% e de janeiro a novembro 4,52%.

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