Economia

Custo da energia para indústria deve subir 44% este ano

Projeções consideram gastos com o fim dos subsídios na tarifa de energia, bandeiras tarifárias e pagamento dos empréstimos feitos com bancos


	Gastos com energia: projeções consideram gastos com o fim dos subsídios na tarifa de energia, bandeiras tarifárias e pagamento dos empréstimos feitos com bancos
 (Caio Coronel/Ag. Itaipu)

Gastos com energia: projeções consideram gastos com o fim dos subsídios na tarifa de energia, bandeiras tarifárias e pagamento dos empréstimos feitos com bancos (Caio Coronel/Ag. Itaipu)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2015 às 13h54.

São Paulo - O custo de energia elétrica para a indústria brasileira em 2015 deve subir no mínimo 43,6 por cento, em média, sem contar os impactos da revisão tarifária extraordinário e reajustes de tarifas deste ano, segundo projeção da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), divulgada nesta segunda-feira.

Segundo a entidade, desde 2013 até o fim deste ano o custo da eletricidade para indústria vai subir 97 por cento.

As projeções da Firjan consideram gastos relacionados ao fim dos subsídios na tarifa de energia, bandeiras tarifárias e pagamento dos empréstimos feitos com bancos para socorrer as distribuidoras.

"A gente está sendo conservador nesses 43,6 por cento", disse o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Firjan, Cristiano Prado, durante o Fórum de Comercialização de Energia Outlook 2015, realizado pela Blue Ocean.

Ele explicou que pode haver um aumento adicional de 15 a 20 por cento no custo da energia para a indústria neste ano, em alguns casos específicos, considerando revisão tarifária extraordinária e reajustes das distribuidoras.

Para 2016, "no melhor dos cenários", haverá um pequeno aumento no custo, segundo Prado. Ele considera ainda que as bandeiras tarifárias ficarão vermelhas ao longo de 2015, ou seja, o preço da energia gerada estará no patamar mais alto.

"O que acontece é que a indústria está ficando desesperada com essa situação. Está vendo o preço de seu principal insumo numa trajetória crescente, não consegue enxergar uma mudança de curva, de quando é que a gente vai voltar a ver energia que seja competitiva pelo menos num valor próximo ao que a gente encontra internacionalmente", disse Prado a jornalistas, após palestra.

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