Economia

Custo da construção sobe em fevereiro

Em um ano, os gastos com o pagamento de pessoal foram os que mais pressionaram o custo da construção, com o índice acima da média (7,3%)


	Construção: em um ano, os gastos com o pagamento de pessoal foram os que mais pressionaram o custo da construção, com o índice acima da média (7,3%)
 (Alexandre Battibugli/Exame)

Construção: em um ano, os gastos com o pagamento de pessoal foram os que mais pressionaram o custo da construção, com o índice acima da média (7,3%) (Alexandre Battibugli/Exame)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 11h57.

O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) apresentou alta de 0,52% em fevereiro, variação superior à registrada em janeiro (0,32%).

O avanço foi puxado principalmente pela mão de obra, que passou de 0,15% para 0,51%. O conjunto dos materiais, equipamentos e serviços teve elevação de 0,53% ante 0,52%.

O levantamento, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no primeiro bimestre deste ano o INCC-M acumula alta de 0,85% e nos últimos 12 meses, de 6,84%.

Em um ano, os gastos com o pagamento de pessoal foram os que mais pressionaram o custo da construção, com o índice acima da média (7,3%).

Os materiais, equipamentos e serviços subiram 6,3%. Em fevereiro, o INCC-M teve influência do reajuste salarial, em Recife, e antecipações em Salvador e Porto Alegre.

Houve aumento no ritmo de correção em cinco capitais: Salvador (de 0,61% para 0,72%); Belo Horizonte, (de 0,27% para 0,37%); Recife (de 1,13% para 2,34%);, Rio de Janeiro (de 0,20% para 0,41%) e Porto Alegre(de 0,31% para 1,42%).

Nas duas capitais restantes, as altas perderam força: Brasília (de 0,17% para -0,01%) e São Paulo (de 0,25% para 0,22%).

A FGV também divulgou, nesta quinta-feira (25), a variação do Índice de Confiança da Construção (ICST), que atingiu 66,6 pontos, o que representa queda de 0,9 ponto percentual sobre o resultado de janeiro, no menor nível da série histórica. Esta foi a terceira redução seguida.

Na análise da coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, há tendência de desaquecimento do setor.

“Muitos fatores estão contribuindo para esse cenário, mas vale destacar que as incertezas no campo macroeconômico têm se mostrado um dos principais “gargalos” à melhoria dos negócios”, afirmou.

O pessimismo do setor refere-se, principalmente, ao momento atual. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) caiu 1,9 pontos, atingindo 63,6 pontos.

Em relação à projeção para os próximos três meses, medida por meio do Índice de Expectativas (IE-CST), houve recuo de -0,1 ponto, ao alcançar 70,1 pontos.

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