Segundo a ministra Ana de Hollanda, o ministério quer ajudar a formalizar quem trabalha no artesanato, no circo ou nas pequenas indústrias (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2011 às 14h14.
Brasília - O Ministério da Cultura quer contribuir para a inserção no mercado das pessoas que trabalham de forma independente na chamada economia criativa, que envolve artesãos, artistas e todos que difundem a pluralidade cultural brasileira. Trabalham nesse segmento 3,7 milhões de pessoas no país. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, destacou que essas pessoas "em geral sempre atuaram de maneira muito informal, dependendo de ajudas paternalistas que não garantem a sustentabilidade". Ela assinou hoje (30) convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro, Pequena e Média Empresa (Sebrae) que vai permitir novas ferramentas de apoio à instituição e manutenção sustentável do segmento, na área da economia criativa.
Por meio do acordo, será estruturado o Observatório da Economia Criativa, para sistematizar dados e informações do setor. Também será instituído um escritório destinado a dar suporte técnico em gestão aos pequenos empresários, chamado Criativa Birô. A ideia é orientar o candidato a empreendedor na abertura de empresa e elaboração de projetos. A parceria foi firmada com o presidente do Sebrae, Luiz Barretto.
A ministra da Cultura destacou que "vai ser muito importante" o uso de dados como os do Instituto Brasileiro Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para se ter um quadro real do público que deve ser alcançado. O ministério quer ajudar a formalizar quem trabalha no artesanato, no circo ou nas pequenas indústrias, exemplificou a ministra. A parceria com o Sebrae envolve também a busca de colaboração do setor privado, em que podem entrar bancos, empresas, e entidade ligadas ao Sistema S. A viabilização de crédito também está nos planos do Ministério da Cultura e do Sebrae, além da promoção de desoneração para a economia criativa.
Entre as ações previstas também está a identificação das vocações criativas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo 2014. O trabalho deve começar pelo Rio de Janeiro, por São Paulo, Belo Horizonte e Salvador. Os dados serão cruzados com as 87 oportunidades identificadas no Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). As possibilidades foram encontradas na produção associada ao turismo, um dos nove setores da economia analisados.