Economia

Crise traz risco de invasão de importados, diz ministra

Segundo Miriam Belchior, grande mercado brasileiro pode atrair produtos de outros países

Miriam Belchior disse que o governo está atento ao assunto (Germano Lüders/EXAME.com)

Miriam Belchior disse que o governo está atento ao assunto (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 14h35.

São Paulo - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse hoje que a crise financeira internacional traz um grande risco de invasão de produtos importados no mercado interno brasileiro. De acordo com ela, isso acontece porque o País tem um mercado gigantesco, enquanto Estados Unidos e União Europeia produzem produtos e não têm para quem vendê-los.

"Isso traz um grande risco para nós", disse a ministra, ao participar da cerimônia de posse da diretoria eleita da Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. Miriam foi homenageada com a entrega do prêmio O Construtor de 2011, promovido pela entidade.

De acordo com a ministra, o governo está ciente dessa situação e, por isso, adotou medidas para proteger o mercado de "ações predatórias" de outros países. Ela citou, como exemplo, o lançamento do Plano Brasil Maior, que apoia alguns setores da indústria e reduz a incidência de impostos sobre a folha de pagamentos. "Temos condições muito boas e podemos resistir, como em 2008 e 2009", disse a ministra.

Miriam fez um apelo aos empresários para que continuem investindo e garantiu que o País continuará crescendo em 2012. "A despeito dessas condições internacionais, nós acreditamos que o Brasil vai crescer no ano que vem bastante acima da média mundial, do mesmo jeito que está crescendo neste ano. Vamos crescer um pouco menos do que no ano passado, mas esse crescimento ainda será bastante superior à média dos outros países".

A ministra destacou ainda que esse crescimento se dará com inflação sob controle e com os juros em queda. "Acreditamos ter condições para que os juros continuem caindo", afirmou. Ela ressaltou ainda que o salário mínimo será reajustado em aproximadamente 14% no ano que vem e que as desonerações de impostos devem chegar a R$ 2,6 bilhões em 2012.

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