Economia

Crise no Brasil prejudica setor aéreo da América Latina

Os números foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que apresentou a situação do segmento em nível mundial


	Aeroporto de Guarulhos: as companhias aéreas no Brasil registraram perdas totais equivalentes a US$ 400 milhões
 (Marcelo Camargo/(Arquivo) ABr)

Aeroporto de Guarulhos: as companhias aéreas no Brasil registraram perdas totais equivalentes a US$ 400 milhões (Marcelo Camargo/(Arquivo) ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 09h42.

Genebra - A crise no Brasil afetou o setor aéreo na América Latina, que fechará o ano de 2015 com resultados decepcionantes:um prejuízo de US$ 300 milhões em vez dos US$ 600 milhões de lucro previstos inicialmente.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que apresentou a situação do segmento em nível mundial e as perspectivas financeiras para 2016.

"A profunda crise no Brasil prejudicou a indústria em todo o continente. E a situação piorou pelas políticas governamentais que inflam o preço do combustível e pelos custos de infraestruturas-chaves", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler.

As companhias aéreas no Brasil registraram perdas totais equivalentes a US$ 400 milhões, o que provocou uma redução de sua capacidade e de pessoal, afirmou o vice-presidente da Iata para as Américas, Peter Cerda.

O diretor disse que o Brasil possui uma burocracia excessiva, que dificulta a realização de negócios.

Além disso, indicou que o custo das operações no país entre os mais elevados do mundo.

A desvalorização do dólar foi outro fator da difícil situação das companhias aéreas no Brasil.

Os custos aumentaram em 24% em 2015, enquanto as receitas subiram apenas 3,7%.

Com um preço do combustível 50% superior ao pago pelas outras companhias aéreas da região.

Cerca indicou que esse é um dos aspectos que mais precisa de mudança no país.

"É preciso uma política nacional transparente, que estabeleça os preços para o combustível com uma fórmula que evite que eles sejam abusivos para as companhias aéreas", indicou Cerca.

Acompanhe tudo sobre:América Latinacompanhias-aereasCrises em empresasDados de BrasilPrejuízo

Mais de Economia

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS