Economia

Crise mundial eleva Brics a uma nova condição, diz Azêvedo

O embaixador brasileiro disse que a atuação do país em todos os foros de governança global deve ser tomada como estratégia de Estado


	Roberto Carvalho de Azevêdo: Azevêdo acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre “pares".
 (Antonio Cruz/ABr)

Roberto Carvalho de Azevêdo: Azevêdo acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre “pares". (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 13h44.

Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Carvalho de Azevêdo, disse hoje (17), durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, no Palácio Itamaraty, que a crise mundial de 2008 colocou os países emergentes em destaque no cenário mundial.

Segundo ele, isso ajudou o Brasil a se elevar a um novo patamar, junto com outros países emergentes, mas, também, aumentou suas responsabilidades em relação às políticas de desenvolvimento e de cooperação com outros países.

O embaixador brasileiro disse que a atuação do país em todos os foros de governança global deve ser tomada como estratégia de Estado. Segundo ele, o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ainda não está preparado para isso. “O Brics não é um grupo que está maduro para, de maneira ágil e rápida, atuar em todos os foros de governança global. [O grupo] precisa conversar mais”.

“Os emergentes são um dos principais pontos de atenção no cenário global e as políticas públicas de desenvolvimento econômico e social vão ser acompanhadas muito de perto”, disse ele durante discurso no evento, que marca os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum que abrange empresários, governo e representantes da sociedade civil.

Azevêdo acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre “pares” e que os pedidos de esforços serão cada vez maiores. Nesse cenário, no entanto, ele ressaltou que as alianças com países em desenvolvimento são, “seguramente”, mais importantes do que eram antes da crise de 2008, o que envolve cooperações técnicas e políticas com esses países.

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