Economia

Crise econômica global pode moderar economia no país, diz BC

Segundo o BC, “nesse contexto, as exportações são direta e negativamente afetadas pela desaceleração da economia mundial, o que resulta em menor volume de comércio”

O Banco Central pondera que, no Brasil, apesar dessa moderação na atividade, a economia “continuará sendo favorecida pela demanda interna"

O Banco Central pondera que, no Brasil, apesar dessa moderação na atividade, a economia “continuará sendo favorecida pela demanda interna"

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2011 às 10h03.

Brasília - O processo atual de moderação da atividade econômica no país tende a ser potencializado pela fragilidade da economia global, segundo avaliou o Banco Central (BC), no Relatório de Inflação, divulgado hoje (22).

O relatório destaca que “nesse contexto, as exportações são direta e negativamente afetadas pela desaceleração da economia mundial, o que resulta em menor volume de comércio”. “Por sua vez, os canais de crédito e confiança tendem a desacelerar o ritmo de crescimento de investimentos e do consumo domésticos”, acrescenta o BC.

Desde o último relatório, divulgado em setembro, segundo o BC, houve deterioração do cenário externo, com “novas reduções, generalizadas e de grande magnitude, nas projeções de crescimento para os principais blocos econômicos e no agravamento das condições financeiras em algumas das principais economias da zona do euro”.

No relatório, o BC informa que trabalha com a hipótese de baixo crescimento da atividade global, por um período de tempo prolongado. Mas não há perspectivas de “eventos extremos” no cenário internacional.

No Brasil, apesar dessa moderação na atividade, a economia “continuará sendo favorecida pela demanda interna, para a qual contribuirão, entre outros, o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito”.

De acordo com o relatório, a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano foi revisada para baixo. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, passou de 3,5% para 3%. Para 2012, a projeção de crescimento está em 3,5%.

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