Economia

Crise causada pela greve tem reflexo na economia toda, diz IBGE

A coordenadora do IBGE, Rebeca Palis, afirmou os dados do mês de maio começarão a mostrar os impactos da greve dos caminhoneiros na economia

Transporte e comércio provavelmente serão setores mais afetados, afirmou a coordenadora do IBGE (Ricardo Moraes/Reuters)

Transporte e comércio provavelmente serão setores mais afetados, afirmou a coordenadora do IBGE (Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2018 às 14h09.

Rio - A greve dos caminhoneiros terá reflexos em cadeia sobre o desempenho da atividade econômica no País, mas ainda não é possível antecipar quais serão os impactos, afirmou Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais Trimestrais no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Rebeca lembrou que apenas as pesquisas conjunturais referentes ao mês de maio começarão a mostrar os reflexos da crise. O IBGE divulgou nesta quarta-feira, 30, os dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro referentes ainda ao primeiro trimestre de 2018.

"Estamos no último dia do mês de maio. Não temos nenhuma pesquisa conjuntural do IBGE. O mês de maio é o primeiro mês em que vai aparecer os efeitos da crise em todos os indicadores. Não temos como mensurar nada disso, mas obviamente vai ter um efeito", confirmou Rebeca.

Os reflexos devem aparecer em indicadores como inflação, pesquisa de vendas do comércio e volume de serviços prestados. Rebeca citou ainda o comércio de bens perecíveis e o transporte de carga, mas acredita em contaminação também nas importações e exportações.

"Óbvio que pega a economia toda, existe um efeito em cadeia aí, mas não é imediato", frisou Rebecca. "Transporte e comércio provavelmente serão setores mais afetados", completou.

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