Economia

Crise atual é a mais grave desde 2ª Guerra, avalia Dilma

A advertência fez parte do discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura oficial da Rio+20 nesta quarta-feira

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 18h47.

São Paulo - A economia mundial enfrenta a mais grave crise desde a 2ª Guerra Mundial e importantes nações então em ritmo mais lento, quando não estão em recessão. A advertência fez parte do discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura oficial da Rio+20 nesta quarta-feira.

A presidente cobrou políticas de ajuste que atinjam "as partes mais frágeis da sociedade" e criticou os modelos de desenvolvimento. "São modelos de desenvolvimento que esgotaram a capacidade de responder aos desafios contemporâneos."

Dilma cobrou ainda "políticas indutoras de crescimento e emprego" como "a única via segura para o crescimento da economia" e disse estar consciente de que "a recuperação, para ser estável, tem de ser global". Ainda segundo ela, "é forte a tentação de tornar absolutos os interesses nacionais na resolução de crises."

Modelo sustentável

Na avaliação de Dilma, o Brasil tem avançado com o modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão e justiça social. Ela destacou que, nos últimos anos, 40 milhões de pessoas pobres ascenderam à classe média e 18 milhões de empregos formais foram criados, com expansão da renda dos trabalhadores.

"Temos mantido matriz energética limpa e nossas fontes renováveis representam 45% da energia que consumimos", disse, acrescentando que, desde 2003, 75% das áreas de preservação criadas no mundo estão no Brasil. De acordo com a presidente, mais de 80% da cobertura da floresta amazônica está preservada.

Dilma ressaltou ainda que o Brasil é uma potência agrícola que tem ampliado em mais de 180% a área plantada com tecnologias e insumos eficientes. "Sabemos que o desenvolvimento sustentável é a melhor resposta e que isso implica crescimento da economia para distribuir riqueza, criação de empregos formais, ampliação de renda e redistribuição de renda para pôr fim à miséria."

Na visão de Dilma, é necessário tornar cidades cada vez mais sustentáveis, seguir reduzindo o desmatamento e usando a biodiversidades com segurança, além de proteger rios e florestas.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaGoverno DilmaRio+20

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China