Economia

Crianças na Turquia terão mais férias para ajudar economia

Com desaceleração econômica e queda no número de visitantes estrangeiros, Turquia recorre a férias mais longas para estimular turismo


	Escola na Turquia: volta às aulas agora só no final de setembro
 (MEHMET ENGIN/AFP/Getty Images)

Escola na Turquia: volta às aulas agora só no final de setembro (MEHMET ENGIN/AFP/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 17h24.

São Paulo - O ano escolar na Turquia, que estava marcado para começar em 14 de setembro, foi adiado para o dia 28 (com adiamento correspondente para o início das férias seguintes).

O anúncio foi feito recentemente pelo primeiro-ministro Ahmet Davutoglu após pedidos de cidades com resorts e de associações da indústria do turismo.

O setor responde por  mais de 600 mil empregos diretos e 12% do seu PIB em contribuição total.

E só primeiro semestre do ano, houve queda de 2,25% na chegada ao país de visitantes estrangeiros (que triplicou na última década). Os números do segundo trimestre mostram uma queda de 13,8% na renda do setor.

Um dos motivos é que a Rússia, envolta em uma grave crise econômica, enviou meio milhão de turistas a menos para a Turquia nos primeiros 7 meses deste ano.

Outro problema é o medo: em julho, um ataque terrorista perto da fronteira com a Síria matou dezenas de pessoas.

A Turquia está em duas frentes de batalha simultâneas: contra o Estado Islâmico e contra o povo curdo, que busca há décadas soberania sobre parte do território que controla.

De acordo com o Banco Mundial, a Turquia deve crescer 3% este ano e 3,5% em 2016 - há poucos anos, chegava a crescer até o dobro disso.

Além de tudo, o presidente Tayyip Erdogan está envolto em uma crise política: após não conseguir formar um governo de coalizão, convocou novas eleições para novembro.

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