Economia

Criação de vagas nos EUA salta em dezembro; taxa de desemprego cresce

O forte relatório de emprego provavelmente manterá o Federal Reserve a caminho de permanecer elevando a taxa de juros neste ano

EUA: A taxa de desemprego aumentou para 3,9%, de uma mínima de quase 49 anos, à medida que o mercado forte atraiu desempregados (Lucas Jackson/Reuters)

EUA: A taxa de desemprego aumentou para 3,9%, de uma mínima de quase 49 anos, à medida que o mercado forte atraiu desempregados (Lucas Jackson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 12h27.

Última atualização em 4 de janeiro de 2019 às 12h27.

Washington - A criação de vagas de empregos nos Estados Unidos cresceu em seu maior ritmo em 10 meses em dezembro, enquanto os salários aumentaram, o que pode ajudar a acalmar a recente intensificação dos temores sobre a saúde da economia que têm afetado os mercados financeiros.

O relatório de empregos otimista do Departamento do Trabalho divulgado nesta sexta-feira contrastou com os dados apresentados nesta semana, que mostraram a contração da atividade industrial chinesa pela primeira vez em 19 meses em dezembro e uma fraca produção manufatureira em grande parte da Europa e da Ásia.

Foram criadas 312 mil vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, registrando o maior ganho desde fevereiro, já que as vagas de emprego em construção voltaram ao normal depois de terem retraído em novembro devido às temperaturas extremamente baixas. Houve também amplos ganhos de contratação no mês passado.

Dados de outubro e novembro foram revisado para mostrar um acréscimo de 58 mil empregos do que o anteriormente relatado. A economia criou 2,6 milhões de empregos no ano passado, ante 2,2 milhões em 2017.

O ganho médio por hora aumentou 11 centavos de dólar, ou 0,4 por cento, em dezembro, depois de um crescimento de 0,2 por cento em novembro. Isso elevou o aumento anual dos salários para 3,2 por cento, igualando ao ganho de outubro, ante 3,1 por cento em novembro.

A taxa de desemprego aumentou para 3,9 por cento, de uma mínima de quase 49 anos, de 3,7 por cento, em novembro, à medida que um mercado de trabalho forte atraiu alguns norte-americanos desempregados não contabilizados. A taxa de participação na força de trabalho, ou a proporção de americanos em idade de trabalhar que têm emprego ou estão procurando por um, subiu para 63,1 por cento no mês passado, de 62,9 por cento em novembro.

O aumento de vagas de trabalho em dezembro impulsionou o emprego total dos Estados Unidos para acima de 150 milhões de empregados pela primeira vez.

O Departamento do Trabalho não foi afetado pela paralisação parcial do governo dos EUA e continuará a publicar dados econômicos coletados por sua agência de estatísticas.

O forte relatório de emprego provavelmente manterá o Federal Reserve a caminho de permanecer elevando a taxa de juros neste ano, intensificando a disputa entre o banco central, Wall Street e Trump, que vem criticando o Fed e seu presidente, Jerome Powell, repetidamente pelo aumento dos juros. Powell deve comparecer a um painel com seus dois antecessores, cerca de duas horas após a divulgação do relatório.

 

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