Economia

Criação de empregos continua em ritmo acelerado, diz Guedes

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com o Caged

Guedes: "Os setores mais atingidos pela pandemia estão na vanguarda, liderando a retomada" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Guedes: "Os setores mais atingidos pela pandemia estão na vanguarda, liderando a retomada" (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2021 às 15h07.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que a economia brasileira continua em ritmo acelerado de criação de empregos. O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 309.114 carteiras assinadas em junho, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado do primeiro semestre de 2021 ao saldo do Caged já é positivo em 1,536 milhão vagas.

"Se pegarmos os últimos 12 meses, geramos 2,8 milhões de novos empregos. O mercado formal atinge agora pela primeira vez desde 2015/2016 o patamar dos 40,8 milhões de empregos", destacou. "Estamos criando 1 milhão de empregos a cada três meses e meio ou quatro meses", completou.

O ministro apontou que todos os Estados e regiões apresentaram resultado positivo em junho, com destaque para os setores de serviços e comércio, que abriram a maior quantidade de vagas no mês, com 125.713 e 72.887 postos formais, respectivamente.

"Os setores mais atingidos pela pandemia estão na vanguarda, liderando a retomada. O Brasil continua no rumo certo, com vacinação em massa para garantir o retorno seguro ao trabalho, com a geração de novos empregos", avaliou Guedes.

Resiliência

O secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Bianco, também avaliou que o mercado de trabalho tem mostrado resiliência na saída da crise causada pela pandemia de covid-19. "Considerando apenas as admissões, geramos 37 empregos formais por minuto em 2021, um ano de crise de proporções mundiais. Descontando as demissões, o saldo ainda é de 7 novos empregos por minuto. Isso mostra a força do mercado e a resiliência de empregadores e empregados", apontou.

"Os números são expressivos. O saldo de 1,5 milhão de vagas nos alegra e coroa o nosso trabalho. Com as medidas tomadas pelo governo, os empregadores e empregados têm uma caixa de ferramentas para que possam sair da crise e superar os problemas fazendo que o Brasil mantenha empregos e mantenha empresas vivas", completou.

De acordo com o ministério, 3,558 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em junho graças às adesões em 2020 ou 2021 ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à sua vaga.

Informais

Bruno Bianco disse, porém, que o grande desafio da nova pasta do Trabalho é aproximar o mercado formal do mercado informal, possibilidade a oportunidade do primeiro emprego para os mais jovens. "Todos os trabalhadores terão uma caixinha dentro de uma formalização no Brasil. Os empregados formais na CLT e os empregados informais em novas formas de contratação, mais simples, menos burocráticas e com absoluta segurança jurídica", afirmou. Segundo Bianco, a meta é ter quase todos os trabalhadores brasileiros formalizados até o fim do atual governo.

Acompanhe tudo sobre:EmpregosPaulo GuedesMinistério da Economia

Mais de Economia

Lira acolhe só três de 99 emendas e mantém núcleo do projeto de isenção de IR até R$ 5 mil

Sem acordo, Congresso adia votação de MP alternativa ao IOF para véspera do prazo de validade

Antes de votação do IR, Lira diz que deve 'ajustar' pontos do projeto

Empresas de bets terão de bloquear cadastros de beneficiários do Bolsa Família e BPC/Loas