Economia

FMI: expansão rápida de crédito no Brasil demanda supervisão

Em avaliação sobre o sistema financeiro do Brasil, o FMI informou que havia sinais de pressões emergentes em alguns setores

Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2012 às 20h10.

Washington - O sistema financeiro do Brasil está "forte", apesar do rápido crescimento de crédito às famílias ser um risco que precisa ser cuidadosamente monitorado, informou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Há alguns sinais de dificuldades financeiras entre as famílias", disse o FMI em sua avaliação sobre a saúde do sistema financeiro do Brasil. É a primeira vez que o Brasil concordou com a divulgação do relatório.

Em particular, o FMI disse que há sinais de aumento do endividamento das famílias, com brasileiros usando cartões de crédito e cheque especial para financiar o consumo.

Os preços de moradias em São Paulo e Rio de Janeiro também estão aumentando rapidamente, com dados sugerindo que os preços crescem quase 30 por cento ao ano, acrescentou o FMI.

A organização multilateral disse, entretanto, que essas preocupações estão sendo mitigadas por uma forte supervisão bancária e capital e liquidez significativos dos bancos.

O FMI afirmou que lidar com aumento da volatilidade nos fluxos de capitais de investimento foi um "desafio crônico" para o Brasil.

Isso também levou as autoridades a baixar a taxa de juros e alterar a curta duração de contratos financeiros, que ajudaram bancos, mas atrapalharam o desenvolvimento de mercados financeiros de longo prazo.

Isso vai levar tempo e requerer esforços sustentáveis por meio de uma ampla frente política, acrescentou o FMI.

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