Economia

Crescimento industrial da zona do euro desacelera novamente

Houve queda nas novas encomendas pela primeira vez em mais de um ano devido à demanda menor tanto doméstica quanto externa


	Euro: PMI final de indústria do Markit para setembro atingiu 50,3, menor nível desde julho do ano passado
 (Philippe Huguen/AFP)

Euro: PMI final de indústria do Markit para setembro atingiu 50,3, menor nível desde julho do ano passado (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 08h49.

São Paulo - O crescimento da indústria na zona do euro desacelerou mais em setembro, com queda nas novas encomendas pela primeira vez em mais de um ano devido à demanda menor tanto doméstica quanto externa, mostrou nesta quarta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

As fábricas também cortaram os preços no mês passado pela primeira vez desde abril, enquanto dados preliminares na terça-feira tenham mostrado que a inflação na zona do euro desacelerou mais em setembro para apenas 0,3 por cento, o menor nível desde o pior da crise financeira.

O PMI final de indústria do Markit para setembro atingiu 50,3, menor nível desde julho do ano passado e abaixo dos 50,7 de agosto e da preliminar de 50,5. Mas permaneceu acima da marca de 50, que separa crescimento de contração pelo 15º mês seguido.

Esse cenário destaca a dificuldade que o Banco Central Europeu (BCE) deve ter para levar a inflação de volta à meta de pouco abaixo de 2 por cento, especialmente com a demanda baixa por bens e serviços em uma economia estagnada.

"A economia industrial da zona do euro perdeu o ímpeto de crescimento visto no começo do ano, ficando perto da estagnação", disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.

"As encomendas agora estão se deteriorando pela primeira vez desde junho do ano passado, sugerindo que a produção pode começar a cair conforme avançados para o último trimestre do ano."

O subíndice de novas encomendas, que mede a demanda, caiu para 49,3 no mês passado, contra 50,7 em agosto, e o crescimento das novas encomendas de exportação desacelerou ligeiramente.

Depois de surpreender os mercados com cortes das taxas de juros no mês passado e oferecer aos bancos mais empréstimos baratos para aumentar os empréstimos, o BCE deve dar mais detalhes de seu plano após a reunião de quinta-feira.

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