Produto Interno Bruto dos EUA cresceu sustentado por gastos sólidos do governo (Mark Wilson/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 09h52.
Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 11h47.
São Paulo - O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 3,5% no terceiro trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, de acordo com a primeira estimativa do indicador, publicada nesta sexta-feira pelo Departamento do Comércio. O número mostrou desaceleração em relação à expansão anualizada de 4,2% mostrada no segundo trimestre, mas o crescimento da economia foi ajudado pelo forte avanço nos gastos do consumidor americano.
O PIB veio dentro do intervalo das estimativas de 45 instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, que previam crescimento entre 2,8% e 4,2%, e acima da mediana das projeções, que apontava para expansão de 3,4% entre julho e setembro em base anualizada na comparação com o segundo trimestre.
Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços de todo o PIB americano, subiram a uma taxa anualizada de 4,0% no terceiro trimestre em relação ao período entre abril e junho, o nível de crescimento mais forte em quase quatro anos. A baixa taxa de desemprego, o crescimento dos empregos e dos salários e os cortes nos impostos aprovados no fim de 2017 incentivaram os gastos dos consumidores. As exportações diminuíram no terceiro trimestre, caindo a uma taxa anualizada de 3,5%, em meio a ventos contrários do comércio global, enquanto as importações subiram 9,1%.
O investimento das empresas também se mostrou fraco, com os investimentos fixos não residenciais refletindo gastos em construção comercial, equipamentos e produtos de propriedade intelectual, aumentando 0,8% no terceiro trimestre, após subirem a uma taxa anualizada de 8,7% no segundo trimestre.
O setor de habitação, contudo, foi um obstáculo ao crescimento pelo terceiro trimestre consecutivo. O investimento fixo residencial caiu 4,0% entre julho e setembro, refletindo o aumento das taxas de juros de curto prazo, baixo estoque de imóveis e mudanças no código tributário.