PIB: a economia cresceu 4,2% no segundo trimestre (Mark Wilson/Getty Images)
Reuters
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 12h53.
Washington - A economia norte-americana desacelerou no terceiro trimestre, assim como divulgado anteriormente, mas o ritmo deve ser forte o suficiente para manter o crescimento no caminho certo para atingir a meta de 3 por cento do governo Trump este ano.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,5 por cento na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou o Departamento de Comércio nesta quarta-feira em sua segunda estimativa do crescimento do PIB do terceiro trimestre. A previsão permaneceu inalterada em relação à sua estimativa em outubro e bem acima do potencial de crescimento da economia, que os economistas estimam ser de cerca de 2 por cento.
A economia cresceu a um ritmo de 4,2 por cento no segundo trimestre. Embora as empresas tenham acumulado estoques em um ritmo mais rápido e tenham investido mais em equipamentos do que o inicialmente esperado no terceiro trimestre, isso foi compensado por revisões de queda nos gastos do consumidor e nas exportações.
Economistas consultados pela Reuters previam que o crescimento do PIB no terceiro trimestre permaneceria em 3,5 por cento.
O crescimento está sendo impulsionado pelo pacote de corte de impostos da Casa Branca, de 1,5 trilhão de dólares, que chacoalhou os gastos do consumidor e impulsionou o investimento das empresas. O estímulo fiscal faz parte das medidas adotadas pelo governo do presidente Donald Trump para impulsionar o crescimento anual para 3 por cento em uma base sustentável.
O governo também informou na quarta-feira que os lucros corporativos após os impostos aumentaram a uma taxa de 3,3 por cento no último trimestre, após subir 2,1 por cento no segundo trimestre.
As estimativas de crescimento para o quarto trimestre estão atualmente em torno de um ritmo de 2,5 por cento. Os economistas esperam que o crescimento do PIB diminua ainda mais em 2019, à medida que o estímulo fiscal se esvai e os efeitos de uma intensa guerra comercial com a China, bem como disputas comerciais com outros parceiros comerciais, cobram seu preço.
A desaceleração do crescimento no terceiro trimestre refletiu principalmente o impacto das tarifas retaliatórias de Pequim sobre as exportações dos EUA, incluindo a soja. Os agricultores carregaram antecipadamente os embarques para a China antes que as tarifas entrassem em vigor no início de julho, impulsionando o crescimento no segundo trimestre. Desde então, as exportações de soja caíram a cada mês, aumentando o déficit comercial.
O crescimento nos gastos do consumidor, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentou a uma taxa de 3,6 por cento no terceiro trimestre e ficou abaixo da taxa de 4,0 por cento estimada em outubro.