Economia

Crescimento do País está aquém do esperado, diz S&P

"Esse crescimento está ocorrendo mais lentamente do que a gente gostaria", afirmou a presidente da Standard & Poor's para o Cone Sul


	Regina Nunes destacou que o importante para a nota soberana do País é criar condições para registrar um crescimento sustentado no longo prazo
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Regina Nunes destacou que o importante para a nota soberana do País é criar condições para registrar um crescimento sustentado no longo prazo (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 12h26.

São Paulo - A presidente da Standard & Poor's para o Cone Sul, Regina Nunes, afirmou que o avanço da economia em 2012 "está sendo mais lento do que o esperado há um ano". Segundo ela, em janeiro muitos especialistas esperavam alta do PIB de 4% neste ano, enquanto que os pessimistas aguardavam uma expansão de 3%.

"Mas o crescimento em 2012 ficará ao redor de 1,5%, o que ocorre devido a razões intrínsecas, como carência de investimentos em infraestrutura, que prejudica a produtividade", afirmou, ressaltando que a crise internacional afetou muito o ritmo de incremento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 10 meses.

Ela fez os comentários durante o seminário "Financiamento para o Desenvolvimento", da série de Fóruns Estadão Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Regina, contudo, destacou que o importante para a nota soberana do País é criar condições para registrar um crescimento sustentado no longo prazo. "Mas é preciso dizer que o Brasil tem muita lição de casa para fazer, pois faz mais lentamente do que é possível e do que é preciso", comentou. "Um país que cresce 1,5% não é um país em desenvolvimento", disse. "Esse crescimento está ocorrendo mais lentamente do que a gente gostaria, mas não é fácil mexer nisso daqui, pois tudo que se mexe causa efeito colateral", destacou.

Ela também destacou que o ritmo lento faz parte da democracia grande, com uma população superior a 190 milhões de pessoas. A executiva da S&P ponderou, contudo, que o rating do Brasil registrou uma evolução rápida em cinco anos e que é um caso único no mundo. Ela destacou que a nota do País é BBB, cuja perspectiva estável tem viés positivo para o médio prazo.

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