Economia

Crescimento do emprego nos EUA desacelera com força em maio

Segundo Yellen, ganhos mensais de cerca de 100 mil postos de trabalho são necessários para acompanhar o crescimento da população em idade para trabalhar


	Emprego: a taxa de desemprego caiu 0,03 ponto percentual para 4,7% em maio, o menor nível desde novembro de 2007
 (Thinkstock/Big Cheese Photo)

Emprego: a taxa de desemprego caiu 0,03 ponto percentual para 4,7% em maio, o menor nível desde novembro de 2007 (Thinkstock/Big Cheese Photo)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2016 às 11h05.

Washington - A economia dos Estados Unidos criou em maio o menor número de vagas em mais de cinco anos, prejudicada pela greve de funcionários da Verizon e pela queda do emprego no setor de produção de bens, indicando fraqueza no mercado de trabalho que pode tornar mais difícil para o Federal Reserve, banco central do país, elevar os juros.

A criação de vagas fora do setor agrícola ficou em apenas 38 mil no mês passado, o menor ganho desde setembro de 2010, informou o Departamento de Trabalho nesta sexta-feira.

Empregadores contrataram 59 mil trabalhadores a menos em março e abril. O governo informou que a greve de um mês na Verizon deprimiu o crescimento de emprego em 34 mil vagas.

A taxa de desemprego caiu 0,03 ponto percentual para 4,7% em maio, o menor nível desde novembro de 2007.

Economistas consultados pela Reuters esperavam criação de 164 mil vagas em maio e queda da taxa de desemprego a 4,9%.

A chair do Fed, Janet Yellen, disse na semana passada que um aumento da taxa de juros provavelmente seria apropriado no "próximos meses", caso existam condições econômicas.

Os dados sobre os gastos do consumidor, produção industrial, exportações de bens e habitação têm sugerido que a economia está ganhando velocidade, após o crescimento ter desacelerado para taxa anualizada de 0,8% no primeiro trimestre.

Segundo Yellen, ganhos mensais de cerca de 100 mil postos de trabalho são necessários para acompanhar o crescimento da população em idade para trabalhar.

O banco central dos EUA sinalizou sua intenção de aumentar as taxas em breve, se os ganhos de emprego continuarem e dados econômicos permanecerem consistentes com o crescimento no segundo trimestre.

A última vez que o Fed elevou os juros foi em dezembro, pela primeira vez em quase uma década.

Não há ainda nenhum sinal de crescimento salarial significativo. O rendimento médio por hora subiu cinco centavos, ou 0,2%, no mês passado, mantendo o aumento anual em 2,5%.

Os economistas dizem que um crescimento dos salários entre 3,0 e 3,5% é necessário para impulsionar a inflação para a meta de 2,0% do Fed.

Os ganhos em maio foram fracos em geral, com o setor privado abrindo apenas 25 mil postos de trabalho, a menor quantidade desde fevereiro de 2010. O emprego industrial fechou 10 mil vagas.

Acompanhe tudo sobre:EconomistasEmpregosFed – Federal Reserve SystemJanet YellenMercado financeiro

Mais de Economia

Presidente do BID divulga estudo que avalia em R$ 87 bi os danos das enchentes no RS

Proposta de ampliar vale-gás com 'drible' arcabouço fiscal causa oposição entre ministros

EUA querem proibir software e hardware chineses em veículos conectados, dizem fontes

Estamos performando melhor, diz Haddad sobre descongelamento de R$ 1,7 bi do Orçamento