Economia

Crescimento do Brasil perderá força, diz OCDE

O crescimento deverá perder força em alguns países em desenvolvimento nos próximos meses, enquanto as economias desenvolvidas continuarão se recuperando


	Fábrica: Brasil e Índia têm sido afetados pela saída de capital à medida que os investidores antecipam um fortalecimento das economias desenvolvidas 
 (Ricardo Correa/EXAME)

Fábrica: Brasil e Índia têm sido afetados pela saída de capital à medida que os investidores antecipam um fortalecimento das economias desenvolvidas  (Ricardo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 08h53.

São Paulo - O crescimento econômico deverá perder força no Brasil, na Índia e em alguns outros países em desenvolvimento nos próximos meses, enquanto as economias desenvolvidas continuarão se recuperando, segundo pesquisa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O índice de indicadores antecedentes dos 34 países membros da OCDE subiu para 100,7 em julho, de 100,6 em junho. Leituras acima de 100,0 indicam que o crescimento econômico ficará em linha com a tendência, que varia de país para país.

No entanto, o índice do Brasil caiu de 99,1 em junho para 98,9 em julho e o da Índia recuou de 97,3 para 97,1. Os indicadores antecedentes da China tiveram leve queda de 99,5 para 99,4.

Os indicadores antecedentes são destinados a fornecer sinais antecipados de pontos de viragem na atividade econômica de cada país e são baseados em diversas informações com histórico de sinalizar mudanças futuras. Recentemente esses dados têm mostrado uma transformação no crescimento global, que desde 2008 vinha sendo puxado pelas economias em desenvolvimento que agora enfrentam dificuldades para se recuperar.

Brasil e Índia têm sido afetados pela saída de capital à medida que os investidores antecipam um fortalecimento das economias desenvolvidas e um eventual aperto na política monetária de alguns bancos centrais desses países. "O principal risco negativo para o Sudeste da Ásia, a China e a Índia é a turbulência no mercado financeiro provocada pela perspectiva de redução das compras de bônus nos EUA", comentou a OCDE.

Os dados da organização apontam que a Alemanha continua liderando a modesta recuperação da zona do euro, com um aumento no índice de indicadores antecedentes para 100,4 em julho, de 100,2 em junho. A Itália, cujo índice subiu de 100,3 para 100,6, deverá ter uma aceleração no crescimento depois de quase dois anos de declínio na atividade.

Para os Estados Unidos e o Japão, as duas maiores economias desenvolvidas do mundo, os dados sinalizam crescimento firme adiante. O índice de indicadores antecedentes dos EUA subiu de 101,0 para 101,1 e o do Japão permaneceu em 101,1. Com informações da Dow Jones

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