Economia na China: exportações aumentaram 4,3 por cento em dezembro ante o ano anterior, informou nesta sexta-feira a Administração de Alfândega (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 07h07.
São Paulo - O crescimento das exportações da China desacelerou mais do que o esperado em dezembro devido a uma base de comparação mais alta um ano antes e ao combate a atividades especulativas disfarçadas de acordos de exportação, ficando aquém da meta oficial para o comércio internacional.
Mas a perspectiva para 2014 deve ser melhor conforme a demanda global se acelera, dando mais espaço de manobra para os líderes chineses que buscam através de reformas equilibrar a segunda maior economia do mundo.
"As exportações enfraqueceram de forma dramática, mas ficaram próximas da expectativa. Os dados são positivos para a China e para a confiança asiática uma vez que aliviam as preocupações de que a China está desacelerando com muita força", disse Dariusz Kowalczyk, economista sênior e estrategista do Crédit Agricole.
As exportações aumentaram 4,3 por cento em dezembro ante o ano anterior, informou nesta sexta-feira a Administração de Alfândega, depois de uma expansão de 12,7 por cento em novembro. A expectativa do mercado era de 4,9 por cento.
As importações cresceram 8,3 por cento, ante 5,3 por cento em novembro e acima da mesma taxa esperada pelo mercado, levantando otimismo de que a demanda doméstica pode permanecer firme apesar de sinais de que a segunda maior economia do mundo está perdendo força.
O superávit comercial de dezembro caiu 24,3 por cento ante o ano anterior, para 25,6 bilhões de dólares, ante projeção de 31,2 bilhões de dólares.
Em todo o ano de 2013, as exportações avançaram 7,9 por cento e as importações subiram 7,3 por cento, garantindo um superávit comercial de 259,8 bilhões de dólares, alta de 12,4 por cento ante 2012.
As exportações e importações combinadas da China subiram 7,6 por cento em 2013, abaixo da meta oficial de 8 por cento. A China também não tinha atingido a meta de crescimento anual em 2012, de 10 por cento. O governo não determina uma meta para as exportações.