Economia

Crédito superou 50% do PIB pela primeira vez em maio

É o dobro dos 25% verificados em 2003. O padrão dos países desenvolvidos é 75% do Produto Interno Bruto

Informação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel (Elza Fiúza/ABr)

Informação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2012 às 13h45.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta terça-feira que a relação crédito/PIB superou em maio, pela primeira vez, o patamar de 50% do Produto Interno Bruto. É o dobro dos 25% verificados em 2003. Ele destacou que o padrão dos países desenvolvidos é 75% do PIB chegando, em alguns casos, a mais de 100%.

De acordo com ele o crescimento foi em parte influenciado pelo crédito imobiliário, que chegou em maio a 5,4% do PIB. "É um patamar baixo. Representa um décimo dos empréstimos do sistema financeiro. O padrão internacional no crédito imobiliário chega a 50%." Maciel citou que esse segmento tem inadimplência de 1,7% e é regulado pelo BC. "E há o alcance social disso. As famílias estão constituindo patrimônio."

Maciel destacou também que o crédito geral no País segue parâmetros mais rigorosos que os recomendados internacionalmente e que os bancos têm capitalização elevada, liquidez e provisões acima do padrão internacional.

O BC mantém a previsão de crescimento de 15% do crédito em 2012. Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, em termos estruturais, o Brasil vive um momento de moderação do crédito. Na margem, no entanto, há expansão maior dos financiamentos quando se compara o dado de maio com o resultado dos primeiros meses deste ano.

De acordo com Maciel, entre 2005 e 2008, o crédito cresceu a uma taxa anual média de 25%. Desde 2009, incluindo 2012, cresce a uma média de 18%. "Continuaremos a observar crescimento da relação crédito/PIB, mas a taxas decrescentes, com bases mais moderados em relação aos anos anteriores. Em maio, o crescimento de 1,7% sugere retomada em relação aos primeiros meses do ano."

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