Economia

Crédito de longo prazo ganha espaço entre brasileiros

Parcelamento no varejo começa a ser preterido pela compra de bens como imóveis e carros

Loja do Ponto Frio em São Paulo: parcelamento de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis começam a perder espaço entre os brasileiros (Lia Lubambo/EXAME)

Loja do Ponto Frio em São Paulo: parcelamento de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis começam a perder espaço entre os brasileiros (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - A forte expansão do crédito para a compra de imóveis e veículos está 'roubando' espaço de outras modalidades de financiamento. Como o bolso do brasileiro é o mesmo, sobra menos dinheiro para parcelar outros produtos, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis.

Por ora, ninguém fala em estagnação do varejo, como os próprios números do setor têm mostrado: no primeiro semestre, houve alta de 11% das vendas do comércio em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, em relação ao mês imediatamente anterior, móveis e eletrodomésticos têm tido desempenho mais fraco que outros segmentos.

Em abril e maio, respectivamente, as vendas gerais do comércio subiram 1,5% e 1% ante o mês anterior. Em móveis e eletrodomésticos, houve queda de 0,3% e alta de 0,6%, respectivamente. Alguns dados do Banco Central (BC) indicam que a tendência deve se aprofundar, o que, segundo especialistas, obrigará as empresas de varejo a se adaptarem.

Nos 12 meses encerrados em junho, os empréstimos para aquisição de imóveis cresceram 44% e os para a compra de veículos subiram 34%. No mesmo intervalo, o crédito para outros bens - que inclui eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outros segmentos - avançou apenas 2%. Também segundo o BC, as operações de longo prazo (acima de 3 anos) cresceram 42% nos 12 meses encerrados em maio. Os financiamentos de curto prazo (de 6 meses a 1 ano) avançaram 15%. Já os empréstimos acima de R$ 50 mil cresceram 34% no período, enquanto os financiamentos de até R$ 5 mil subiram 13%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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