Economia

Crédito em 2015 crescerá menos que o de 2014, diz Febraban

Os dados foram atualizados nesta quinta-feira, 26, pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal


	Dinheiro: nos últimos dez anos, o crédito saltou de 26% para 59% do PIB
 (Bruno Domingos/Reuters)

Dinheiro: nos últimos dez anos, o crédito saltou de 26% para 59% do PIB (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 15h11.

São Paulo - O crédito deverá manter a dinâmica de crescimento acima do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, mas a uma taxa inferior à do ano passado, que foi de 10%.

Nos últimos dez anos, o crédito saltou de 26% para 59% do PIB.

Os dados foram atualizados nesta quinta-feira, 26, pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, que participou nesta manhã do VI Prêmio INFI-Febraban de Economia Bancária 2014.

Portugal não soube dizer qual a expectativa para a expansão do crédito neste ano, mas adiantou que a redução da oferta de crédito, se houver, será pela queda da demanda, o que já vem ocorrendo desde 2011.

"A campanha da oferta é sempre maior que a demanda", ressaltou.

O avanço do crédito na última década, de acordo com Portugal, financiou a produção, o investimento e o consumo.

"Os serviços bancários se incorporaram ao cotidiano de dezenas de milhões de pessoas", disse.

Em 2013, por exemplo, de acordo com dados da Febraban, foram feitas 40 milhões de transações financeiras no Brasil, quase o dobro das 23,6 milhões registradas em 2009.

No ano passado, foram 56 milhões de operações.

Portugal contou que nos últimos cinco anos o número de contas bancárias ativas passou de 83 milhões para 103 milhões e que a taxa de adultos "bancarizados" cresceu ao ritmo de 8% ao ano na última década.

"Hoje, em cada dez brasileiros, seis têm conta em banco", observou o presidente da Febraban. Outras 20% utilizam com regularidade os serviços oferecidos pelo setor.

O sistema bancário, de acordo com Portugal, está entre os que mais empregam no país. Conta com 23 mil agências e é o que mais contribui para o Programa Ciência sem Fronteiras, do governo federal, com 6,5 mil bolsas de estudo a um custo de US$ 180 bilhões.

Prêmio

O VI Prêmio INFI-Febraban 2014 distribuiu R$ 52 mil em dinheiro aos ganhadores em três categorias.

Na categoria Dissertações, teses e artigos acadêmicos, o primeiro lugar foi para a estudante de economia Karen Dias Mendes, que desenvolveu o trabalho "Consumer Credit Expansion in Open Economics".

Em monografias de graduação, a vencedora foi Paula Cristine dos Reis Santos Souza, com o trabalho intitulado "Revisão crítica dos acordos de Basileia".

Na categoria especial Educação Financeira, o trabalho "Desenvolvimento financeiro e implicações para educação financeira: um estudo com dados em painel", de André Taue Saito, foi o vencedor.

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