Economia

Credit Suisse espera novo corte da S&P para o Brasil

Com a piora prevista para acontecer na segunda metade do ano, a nota do Brasil cairia do novo "BB" para "BB-"


	Standard & Poor's: "Na nossa visão, as previsões da agência ainda são muito otimistas a despeito das revisões para baixo"
 (Brendan McDermid/REUTERS)

Standard & Poor's: "Na nossa visão, as previsões da agência ainda são muito otimistas a despeito das revisões para baixo" (Brendan McDermid/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 14h19.

Londres - O banco Credit Suisse acredita que o Brasil deve sofrer novo rebaixamento da agência de classificação de risco Standard & Poor's no segundo semestre de 2016.

Com a piora prevista para acontecer na segunda metade do ano, a nota do Brasil cairia do novo "BB" para "BB-", o que colocaria o Brasil com a mesma nota atribuída a Bangladesh e Suriname.

"Nós agora esperamos que a S&P rebaixe o País para BB- no segundo semestre. Na nossa visão, as previsões da agência ainda são muito otimistas a despeito das revisões para baixo", dizem os analistas da casa.

O banco dá como exemplo a previsão da S&P de que haverá recessão de 3% em 2016 e crescimento da economia brasileira de 1% em 2017. Para o Credit Suisse, "há grande chance" de que o Produto Interno Bruto frustre a previsão da agência nos dois anos.

Ao mesmo tempo, os analistas notam que a recente dinâmica da arrecadação e a baixa probabilidade de que medidas sejam aprovadas pelo Congresso sugerem que os resultados fiscais seguirão fracos neste e nos próximos anos.

"Além disso, a recente ação da S&P, com um curto período entre revisões de rating, é compatível com novo downgrade antes do fim de 2016".

Os analistas do Credit Suisse notam que alguns fatores poderão desencadear a nova piora da nota, como revisões adicionais para baixo do PIB, mudança da orientação política rumo a um quadro mais relaxado na frente fiscal e monetária ou a deterioração da relação entre Executivo e Legislativo em meio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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