Economia

Credibilidade e legitimidade mantêm políticas sociais, diz secretário

Para Rômulo Paes de Sousa, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, sem um Estado forte "fica muito difícil" administrar projetos para a área

Sede do Banco Mundial: órgão vai definir estratégias em comum para combate à pobreza (Wikimedia Commons)

Sede do Banco Mundial: órgão vai definir estratégias em comum para combate à pobreza (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2011 às 13h21.

Brasília – Instituição financeira internacional, o Banco Mundial (Bird) fornece empréstimos aos países em desenvolvimento para a execução de programas sociais. A ideia é estimular a adoção de medidas que combatem a pobreza. As discussões que ocorrerão amanhã (27) e sexta-feira em Paris têm o objetivo de definir estratégias comuns aos países em desenvolvimento a partir de exemplos bem-sucedidos em lugares distintos do mundo.

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, disse à Agência Brasil que a experiência mostra que a base da “eficiência” é a “credibilidade” nos programas. Segundo ele, o “Estado forte” também é fundamental para garantir o sucesso de um projeto.

“O que diferencia o sucesso do fracasso é a capacidade de gerir do Estado. Sem um Estado forte fica muito difícil administrar um projeto”, disse Paes de Sousa. “A implementação de um programa não sobrevive à baixa credibilidade. É preciso garantir a legitimidade [dada pela população e pelo Estado]”, afirmou. “Sem credibilidade e legitimidade o programa não atinge seus objetivos.”

Para o Banco Mundial, as estratégias devem ter o objetivo da proteção social, com o enfoque do desenvolvimento de medidas de geração de oportundades de emprego e trabalho como prevenção à pobreza e a promoção de qualidade de vida. Segundo o Bird, apenas as “ideias inovadoras” são capazes de “resolver os atuais desafios” do mundo.

De acordo com o comando do banco, as propostas apresentadas nos dois dias de discussões que começam amanhã (27) devem se basear na informalidade, no financiamento e no estímulo de parcerias. “O Banco Mundial pode trabalhar mais efetivamente na próxima década”, informou a instituição em nota sobre a proposta das reuniões em Paris.

Vão participar das discussões, com suas experiências, representantes do Brasil, da Costa Rica, Libéria, China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.

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