Economia

Coutinho: infraestrutura receberá R$ 51 bilhões em 2011

Mesmo com o agravamento da crise na zona do euro, os investimentos de longo prazo no Brasil estão sendo mantidos, diz o presidente do banco

Coutinho: "Os bancos no Brasil não estão expostos a nenhum ativo problemático, inclusive relacionados a dívidas soberanas" (Divulgação)

Coutinho: "Os bancos no Brasil não estão expostos a nenhum ativo problemático, inclusive relacionados a dívidas soberanas" (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 13h11.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse hoje que os desembolsos do banco devem ficar próximos de R$ 140 bilhões em 2011. "Pode ser um pouco mais, um pouco menos, dependendo de vários fatores, como, por exemplo, alguma demora na liberação de uma licença ambiental", destacou.

Coutinho afirmou ainda que, para 2012, os recursos que deverão ser liberados pela instituição podem ser um pouco maiores do que o deste ano. "Nós não temos uma meta de desembolsos. Contudo, os valores para o próximo ano podem ser um pouco superiores, mas de forma marginal". "Apesar da crise internacional, o sistema financeiro brasileiro está operando normalmente, com solidez, e deve continuar a financiar projetos também no próximo ano", disse.

Mesmo com o agravamento da crise na zona do euro, os investimentos de longo prazo no Brasil estão sendo mantidos em boa velocidade, diz o presidente do BNDES. Coutinho destacou que o pFaís tem uma agenda de várias áreas estruturais, como petróleo energia e telecomunicações, rodovias, portos e aeroportos. "Os desembolsos em infraestrutura do BNDES este ano devem ficar próximos a R$ 51 bilhões e crescer 10% em 2012", disse.

Crise na Europa

O presidente do BNDES avaliou ainda que "dificilmente a Europa escapará da recessão e do credit crunch (choque de crédito) em 2012". Segundo ele, o aperto abrupto do crédito dos bancos da zona do euro é o cenário mais provável para o próximo ano, a menos que os líderes dos países europeus decidam realizar movimentos "mais audaciosos" de expansão monetária. Mas isso "não parece estar nos planos das autoridades europeias".

Coutinho destacou que, apesar se serem incertos os desdobramentos da crise internacional sobre o Brasil, o credit crunch na Europa não deve afetar o sistema bancário do país. "Os bancos no Brasil não estão expostos a nenhum ativo problemático, inclusive relacionados a dívidas soberanas", destacou.

O presidente do BNDES ressaltou que os bancos brasileiros operam normalmente em vários segmentos de clientes, o que colabora para que o crédito ao consumo continue se expandindo. Coutinho participou hoje de evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

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