Economia

Coutinho defende queda dos juros para ampliar investimentos

Segundo o presidente do BNDES, atualmente a taxa de investimento está perto de 19% e precisa ser ampliada para cerca de 24% do PIB

O presidente do BNDES estima que, no longo do tempo, a taxa Selic convirja para o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano
 (Divulgação)

O presidente do BNDES estima que, no longo do tempo, a taxa Selic convirja para o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 19h18.

Brasília - O Brasil precisa ampliar a taxa de investimento para cerca de 24% do Produto Interno Bruto (PIB). que é a soma de tudo o que o país produz e oferta em serviços. Mas, para chegar a esse percentual, é necessário que os juros básicos da economia (Selic) caiam ainda mais. A avaliação é do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Atualmente, disse Coutinho, a taxa de investimento está perto de 19%.

Coutinho voltou a defender a ampliação do investimento privado em reais, principalmente em infraestrutura. Segundo ele, se o financiamento do setor fosse responsabilidade exclusiva do BNDES, o banco estatal de fomento teria de dobrar de tamanho.

Com relação à queda da taxa Selic, o presidente do BNDES enfatizou que não está fazendo nenhuma recomendação ao Banco Central, autoridade monetária responsável pela definição da taxa básica de juros. De acordo com ele, o BC deve ter total liberdade para subir ou descer os juros para controlar a inflação. “Esse desafio [de reduzir a Selic] depende da manutenção da inflação sob controle” e de uma política fiscal firme, com redução de gastos públicos. Assim, na avaliação de Coutinho será possível ampliar os investimentos de longo prazo.

O presidente do BNDES estima que, no longo do tempo, a taxa Selic convirja para o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano.

Para Coutinho, atualmente, há uma situação “cômoda” para os investidores, que podem aplicar em títulos públicos de curto prazo, com pronta liquidez, indexados e sem risco. Em outros países, disse ele, quem quer ter rendimentos mais altos, aplica no médio e no longo prazos em ativos de maior risco.

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